terça-feira, 20 de junho de 2006

Não sendo muito importante, é o tipo de Estado que temos

Hoje tivémos uma diligência no Tribunal do Trabalho de Loures - que diga-se, tem excelentes instalações, ou melhor dito, tem as efectivamente dignas de um Tribunal.
Este Tribunal é no Palácio de Justiça de Loures, que fica no meio do nada, já depois da cidade, num descampado, sem quaisquer meios de acesso que não viatura própria ou, claro, um táxi.
Mas, apesar disto - surpresa das surpresas - tem parquímetro à porta do Tribunal. Isso mesmo: aquela coisa que existe para dissuadir as pessaos de levar os carros para o meio da cidade (estamos a falar de Loures), quando há uma vasta gama de transportes públicos disponíveis (já nem vou discutir se eficazes). Pois é, lá estava o parquímetro.
Ah, tinha parque para Advogados, mas como este estava completo - por carros que nem deviam ser de Advogados, pois não tinham cédula no visor - estacionou-se fora do parque dos advogados e pôs-se a cédula à disposição dos senhores fiscais.
Fim da diligência, carro bloqueado!
Epa, eu até admito que se calhar se devia ter posto moeda e pronto, mas para mim a questão é: que fazem ali os parquímetros????
A Sra. Fiscal explicou-me: "Olhe, isto ao princípio veio para aqui porque era um depósito de carros abandonados. Agora já não é. Mas dá tanto dinheiro que ninguém o quer tirar daqui".

3 comentários:

  1. Compreendo perfeitamente a tua irritação. É o tipo de coisas que deixa profundamente mal disposto.
    Ao menos os senhores dos desbloqueadores apareceram de forma célere? É que o pior disso tudo é o facto de se estar completamente privado do carro porque suas excelências os implacáveis bloqueadores estiveram 3 horas para aparecer a desbloquear.

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  2. Não, não eles ali têm tudo pronto. Aliás, suspeito que, na verdade, nem rebocam, só ficam é com os 60 euros (sim, sessenta euros), pois são só dois que põem o travão na roda, são eles q têm chave para desbloquear e são eles que passam a multinha!

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