O estudo recentemente publicado pela Intrum Justitia - "grupo líder no sector de gestão de cobranças na Europa" - veio chamar a atenção para o facto de existirem obstáculos ao crescimento económico que nada têm a ver com a fraca produtividade da população.
O obstáculo abordado em particular nesse estudo é o atraso dos vários Estados (nas suas mais variadas expressões) em efectuar os pagamentos a que estão obrigados.
Como já nos habituámos, Portugal está entre os piores. Aliás, de 22 países analisados, Portugal é aquele que leva mais tempo a cumprir as suas obrigações. Efectivamente, de acordo com este estudo, o Estado Português demora, em média, 150 dias a pagar as suas dívidas.
Não é preciso ter formação em economia para compreender que isto representa um entrave enorme ao livre desenvolvimento da iniciativa económica em muitos sectores. Basta pensar na situação em que fica uma empresa que tem de aguardar (em média) cinco meses que o Estado pague aquilo a que está obrigado. Isto para não falar no efeito de "bola de neve" que vai afectar todos aqueles que são credores daqueles que prestam serviços ao Estado e são forçados a esperar quase meio ano pelo pagamento. Definitivamente, algo tem de mudar.
Contudo, em abono da verdade, há que esclarecer uma questão: o Estado Português não descrimina ninguém. Tanto deve às Câmaras, como aos Tribunais, como às empresas, como aos contribuintes, como aos advogados, etc...
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