Se os tempos fossem outros, o Governo deveria, face ao chumbo da oposição do OE, demitir-se de funções. Compreende-se mal que um orçamento que foi, genericamente, bem recebido pelos partidos com assento parlamentar (não sendo, de todo, irrelevante o reconhecido esforço de não conter desorçamentação), tenha sido assim macicamente rejeitado.
Neste contexto, as declarações de M. Ferreira Leite, à qual se deve reconhecer coerência e frontalidade, contribuiram, simpaticamente, para a credibilidade do Governo.
Só há uma espinhazinha: esta postura da ex-Ministra das Finanças, de consenso e supra partidarismo, tem alguma coisa a ver com o facto de ser uma destacada apoiante da candidatura de Cavaco Silva?
Olhe que não... Quanto a mim, teve a ver com a postura correcta e coerente que sempre caracterizou Manuela Ferreira Leite.
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