quinta-feira, 10 de novembro de 2005

Eu não devo ter ouvido bem

Ontem, no programa Quadratura do Círculo, a propósito da busca domiciliária de que foi alvo, o ex-Ministro Jorge Coelho dizia, inflamado e indignado, que a actuação da PJ tinha atingido o seu o seu bom nome.
E depois dizia: eu escrevi uma carta ao Senhor Procurador Geral da República, que "falou com quem achou que devia falar, foi-se informar e, devo dizer, que comigo, comigo pessoalmente, o Sr. Procurador Geral da República teve um comportamento irrepreensível e assegurou-me que não havia qualquer suspeita sobre mim" (sic).
E acrescentou: "...eu na carta que lhe escrevi disse-lhe que queria ser tratado como qualquer outro cidadão".
Eu devo dizer que acho estas afirmações gravíssimas.
O que é isso de um Procurador Geral da República ter um comportamento irrepreensível? E se não o fosse? Está sujeito a repreensões de um dirigente partidário? E que repreensões?
E que história é essa de, conforme afirmou o ex-ministro, o Procurador ter-se ido informar, ido falar com quem de direito, para saber se uma determinada pessoa é ou não suspeita de um crime?
E porque é que o dr. Jorge Coelho tem necessidade de pedir ao PGR que seja tratado como outro cidadão qualquer?

3 comentários:

  1. Sem dúvida o teu melhor post de sempre.
    Apoio absolutamente todas as palavras...

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  2. Juro que não estou a ser... Tu sabes que não sou! Basta ver o que escrevo da Helena Roseta...

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