segunda-feira, 14 de maio de 2007

Mas porque é que as pessoas falam do que não sabem???

Hoje vinha para casa e ouvia no rádio (na RCP) um programa chamado "janela aberta". Hoje entrevistavam-se 3 jovens homossexuais e faziam-se perguntas sobre uma série de assuntos relativos à sociedade e à família.
Uma das perguntas era sobre o projecto de lei do Bloco de Esquerda que pretende permitir que o divórcio seja decretado por vontade de um dos cônjuges sem que seja necessário o acordo do outro ou a invocação de qualquer motivo. Quanto a mim, um disparate, mas enfim. Não é sobre isso que queria falar.
Passam a palavra aos senhores e as asneiras vieram em catadupa: "o sistema que temos é antiquado, as pessoas não deviam ter que revelar o motivo"; "o nosso sistema não presta, porque tem sempre de se ver qual dos cônjuges é culpado".
MAS NINGUÉM EXPLICA A ESTA GENTE QUE HÁ DÉCADAS QUE ESTÁ CONSAGRADO O DIVÓRCIO POR CAUSAS OBJECTIVAS, EM QUE NÃO É PRECISO REVELAR O MOTIVO?????
Eu, por acaso, vou à rádio falar de engenharia aeronáutica ou de cirurgia máxilo-facial? Não. Mas porque é que toda a gente tem a mania de falar do que não sabe? Não percebo.


PS: Se estes senhores me lerem, fiquem a saber que não devem dizer disparates desse género. Os cônjuges não têm de revelar o motivo do divórcio nem tem de ser apreciada a culpa. Isso é só num tipo de divórcio (litigioso por violação dos deveres conjugais). Se estiverem de acordo, não têm de dizer nada. Se não estiverem, basta demonstrar a verificação de uma das causas objectivas, situações de facto que demonstram estar cessada a a vida conjugal (por exemplo, que estão separados de facto).

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