segunda-feira, 7 de maio de 2007

Irritei-me.

Hoje de manhã tive a infeliz ideia de ver a revista de imprensa da SIC notícias. O convidado (António Manuel Revez) teve oportunidade de emitir uma série de disparates e barbaridades que tiveram o condão de me irritar.
Começou logo pelo comentário às eleições da Madeira. Será que foi a vontade dos madeirenses que foi comentada? Não. Foi a necessidade de restringir a democracia e limitar os mandatos dos presidentes dos governos regionais, pelo que o senhor entende que se deve voltar a falar nisso. Reduzir a democracia com o objectivo de afastar Alberto João Jardim, parece-me já de si um disparate, mas as barbaridades continuaram. É que ele entende que não basta limitar os mandatos individuais. Tem de ser dos círculos de influência, isto é, dos partidos!!
Não é fantástico? Segundo António Manuel Revez, cada partido só deve poder exercer X mandatos...
É o que eu digo. Esta gente não respeita a democracia. Sempre fui contra a limitação de mandatos porque ela é um atentado à liberdade do Povo escolher. Mas não obstante discordar, eu entendo as motivações que lhe estão por trás. Mas há limites! Qualquer dia é melhor uma comissão prévia de filtragem do voto popular, não vá ele votar em alguém que não se quer...

A irritação continuou, agora com a minha faceta bairrista a despertar. É que uma das notícias escolhidas foi um conflito entre a população de Taveiro (uma vila da área suburbana de Coimbra) e o pároco. Ora, o convidado refere-se à zona de Coimbra como "estas áreas do centro norte que são influenciadas demasiadamente pela Igreja"...
É de alguém que não conhece Coimbra (uma cidade ainda por cima que está bem à esquerda...) e que gosta de falar do que não sabe. Enfim. É "gente do sul que é mentalmente controlada pelo comité central do PCP".

3 comentários:

  1. lol, bom comentário final.
    Quanto ao Alberto JOão, não consigo sequer tecer comentários. É pena que nunca ninguém tenha tido coragem de lhe responder a sério às barbaridades que diz, ou começar com queixas crime por todos os atentados à Nação e ao poder de Estado.
    Quanto à limitação de mandatos sou e semrpe fui claramente a favor, apesar de poder concordar que é uma limitação à democracia, é, no entanto, uma "boa" limitação seja para a Madeira seja para qualquer lugar.
    Mas mandatos das pessoas e não de partidos ,aí concordamos em absoluto.

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  2. Por acaso estava a fazer uma pesquisa sobre "limitação de mandatos" e cheguei aqui... Curiosamente também assisti às declarações do tal convidado, mas parece-me que o autor do post deturpou em absoluto as s~uas afirmações. O que ele disse, é que para renovar as elites políticas não basta limitar os mandatos dos titulares dos órgãos, mas sim denunciar as redes de influência que mantêm as mesmas clientelas de dirigentes políticos e que "viciam" o jogo e a oferta democrática. Como tal, a ideia que o senhor defendeu parece-me muito pertinente.

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  3. Caro atento,
    Não deturpei nenhuma afirmação. Decerto já não se recordará, mas as palavras de António José Revez foram aquelas que aqui expus. Pode é dizer-me, admito, que não se referia a partidos mas a outra qualquer coisa (gostava de saber o quê!).
    Temos com certeza visões diversas da democracia. Eu dou-lhe um lugar de tal forma fulcral que não me parece que uma vontade de certos políticos em afastar o Presidente do Governo Regional da Madeira possa legitimar limitações à escolha do Povo.

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