Não percebo. Juro que não entendo. É certo que Telmo Correia é um orador nato, tem o dom da palavra e é claro e coerente no discurso. É certo que a sua imagem não é uma tragédia, apesar de estar associado ao Portismo que, na era Ribeiro e Castro, tão mal fez ao partido.
Mas, caramba, não havia melhor? Será que em todos os partidos é preciso ir buscar gente que já estava noutros lados para encontrar um bom candidato?
Suspeito que Bagão Félix ou Teresa Caeiro seriam melhor aposta, mas o tempo dirá.
Se fosse lisboeta, o meu voto iria direitinho para Helena Roseta.
terça-feira, 22 de maio de 2007
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Mas ela já falou do programa dela e das ideias para Lisboa? É que a única coisa que eu ouvi dela foi que saía do Partido para ser candidata.
ResponderEliminarNão sei se já falou neste momento sobre isso e sinceramente não me interessa.
ResponderEliminarQuem conhece e segue o percurso da Bastonária da Ordem dos Arquitectos sabe exactamente as suas ideias para Lisboa e a ideia que tem da gestão de uma autarquia. Basta recordar o seu trabalho à frente da Câmara de Cascais.
Será (se for eleita) uma presidente de rigor, preocupada com problemas sociais e interventiva. É o tipo de mulher que não vê passar injustiças e fecha os olhos: pelo contrário, arregaça as mangas e trabalha até que aquelas sejam eliminadas.
Concordo contigo Afonso - é uma mulher e peras...mas não pode deixar de se apontar uma certa ânsia pelo poder, manifestada na sua veia de saltimbanco partidário! E isso não é bom...
ResponderEliminarContinuo a discordar.
ResponderEliminarHelena Roseta abandonou dois partidos demonstrando precisamente que as suas convicções são superiores a qualquer ânsia pelo poder. Creio sinceramente que o fez por princípios.
Repare-se: o PSD, na sua criação, encabeçava uma esquerda moderada, já que a direita não era permitida. Com o avançar do PSD para a direita, o espaço político do PSD originário foi ocupado pelo PS, o que justifica a passagem de Helena Roseta de um para outro.
A busca pelo poder tê-la-ia deixado no mesmo sítio. A mudança de partido só deve ser louvada, já que demonstra que as convicções estão acima de qualquer promessa de lugares.
Além de que não foi única e nunca ouvi chamar saltimbanco partidário a nenhum dos outros que o fizeram, como Sousa Franco, por exemplo...
A saída do PS agora só pecou por tardia. Helena Roseta encabeçou certa ala esquerda que tem vindo a ser sucessivamente desrespeitada e ofendida. Não é só Helena Roseta, mas também Ferro Rodrigues, Ana Gomes, Manuel Alegre, etc.
Lembremo-nos que apoiar Manuel Alegre para Secretário Geral em oposição a Sócrates teve como efeito a exclusão de Roseta de TODOS OS ÓRGÃOS do PS, o que é uma pena.
O desrespeito continuou agora, já que nem uma resposta obteve do líder do PS à sua disponibilidade para a Câmara de Lisboa. Sócrates deu-se ao luxo de desperdiçar uma candidatura que lhe daria mais segurança de vencer Lisboa que António Costa, com mais experiência autárquica, além de que era capaz de reunir consenso à esquerda e ter o apoio do PCP e do BE. Além dos milhares de pessoas de direita que admiram profundamente Helena Roseta, onde me incluo.
Cheira-me a que o PS vai pagar caro tanto desrespeito e tanta ofensa. Sair do PS foi uma decisão impulsiva, mas bem tomada. Porque os impulsos às vezes apontam o melhor caminho.
Candidatar-se sozinha à Câmara de Lisboa não pode ser considerado uma ânsia pelo poder: de facto, na melhor das hipóteses Helena Roseta será eleita vereadora, e sem pasta não terá salário.
Não parece ser esse o seu intuito: o que está em causa é trazer princípios e convicções à cidade de Lisboa. Uma política de causas e não de lugares.
É por isso que não hesitaria um segundo em dar-lhe o meu voto. E a minha posição política torna-me insuspeito nesta ideia.
Consigo discordar profundamente de vários aspectos que referiste.
ResponderEliminare um deles vem até de encontro à minha ideia.
"A exclusão de Roseta de TODOS OS ÓRGÃOS do PS", só vem mostrar que, por isso mesmo ela saiu. Como lutadora que é podia e devia ter outra atitude.
Continuo a dizer que a ãnsia de poder e protagonismo a cegou.
A "ala" esquerda do PS existe e continuará a existir, e, no meu caso pessoal devo dizer que ainda bem, pois é com o que mais me identifico. Votei e apoiei Alegre para a Presidência da República com muito orgulho.
O que Roseta está a tentar fazer é capitalizar esse movimento gerado com Alegre de modo a conseguir uma eleição para vereadora na luta com Sá Fernandes.
Numa coisa concordo, a saída pecou por tardia pois se era pra sair poderia tê-lo feito noutra altura, com mais legitimidade e moralidade e aí sim, teria muito mais crédito enquanto candidata independente. Assim será sempre uma candidatura de dissidência.
Concordo inteiramente contigo Paulo, se queria sair devia tê-lo feito logo que se criaram as divirgências e não quando, ainda não distituída a Câmara Municipal, já estava a oferecer os seus préstimos (e por carta)!!!
ResponderEliminarSai porque não aceitaram a sua candidatura e não porque divirja das ideias defendidas pelo partido! Se isso não é busca pelo poder, não sei o que será!
Se fosse ânsia pelo poder, canditava-se pelo BE como lhe foi oferecido (evitaria o stress das assinaturas e disporia de uma máquina partidária ao seu dispor).
ResponderEliminarNão o fazer mostra que é apenas uma candidatura de convicções e de princípios, despreocupada em alcançar o poder mas interessada em mostrar ideias e posições.
Só dessa forma se abandona assim um dos partidos do poder.
Evidentemente que candidatar-se pelo BE seria assinar a sua sentença antes de ir para a corrida! Agora ainda rouba eleitorada ao PS e ao PSD...Porque é independente e tal...candidatar-se pelo BE nunca lhe permitiria isso...a colagem à extrema esq burguesa seria demasiado grande!
ResponderEliminarDiga-se ainda que graças a ela (tire-se-lhe o chapéu) o problema das assinaturas já não se coloca!