No dia 11 de Fevereiro vou votar SIM. Determinadamente. Porque levo na cabeça uma cena que não julgava já possível em Portugal, no século XXI: a daquela mãe que chorava, num corredor do Tribunal de Aveiro em 2004, depois de me contar o terror que vivia há anos, desde que a filha adolescente, à saída de um consultório médico, fora arrastada por dois polícias para dentro de um carro, levada ao hospital e forçada a submeter-se a exames ginecológicos.
Na sala ao lado estava a filha sentada no banco dos réus, acusada de aborto - seis anos depois, já casada e gravidíssima. A mãe ficara a saber, no tribunal, que toda a família fora alvo de escutas telefónicas anos a fio. Mas o mais opressor era o medo: que o genro, vizinhos e parentes na vilória onde moravam, descobrissem que estavam ali, tratadas como infames criminosas. «Tenho a vida destroçada, o meu marido já não aguenta mais: ontem insistia que nos enfiássemos os três no carro e nos lançássemos por uma ribanceira abaixo!...»
(...)"(o restante, para quem tiver interesse, no blog http://causa-nossa.blogspot.com/)
é uma cituação complicada pelo q' entendo,creio q' votaria no sim por que só assim averiam leis e regulamentação dos casos,só assim os lugares prestariam um serviço correto,só assim se saberia onde ir,onde é seguro,o tempo certo,claro creio q' deve haver limitações,mas a q'stão em si não é essa a q'stão é q' vai-se fazer aborto sempre legal ou não,isso é fato.Mas legalizando as pessoas teriam mais chances de sobreviver de não parar na mão de um açogueiro,mais chances à informação...
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