quinta-feira, 12 de abril de 2007

O sentido democrático do PCP

Hoje é o último dia de Odete Santos como deputada, já que o Comité Central decidiu o seu afastamento. O que me choca nisto tudo é a justificação dada pelo PCP para forçar Odete Santos a deixar o seu lugar.
Se o PCP se justificasse numa incapacidade da senhora em continuar a assegurar as suas funções (é notório que esta já não tem as mesmas faculdades de há 20 anos), nenhuma objecção teria. Mas o que choca é que o partido justifica esta posição na necessidade de "dar lugar aos mais novos", e assim proceder a uma renovação.
Ora essa. Então onde ficam os eleitores? Que eu saiba, foi Odete Santos que foi eleita, por estar em lugar de destaque na lista. Foi por Odete Santos que muitos cidadãos resolveram depositar o seu voto na CDU. Nessa altura, não pensou o Comité Central na renovação interna.
Mais uma vez fica claro. O PCP tem uma noção muito estranha de democracia. É daquelas democracias em que a parte do poder do povo não interessa muito. O que interessa é o partido.

2 comentários: