Aparentemente, a British Fertility Society está a recomendar que não sejam concedidos tratamentos de fertilidade a mulheres com um índice de massa corporal superior a 36.
Já no que diz às mulheres com peso a menos ou classificadas como simplesmente obesas ( índice de massa corporal superior a 29), esta sociedade defende que só deveriam ter acesso a tais tratamento após resolverem os seus problemas de peso.
Para que todos saibamos o que isto siginifica, aqui vai um site que calcula o índice de massa corporal (a conta é bem simples):
As regras do serviço nacional de saúde britânico apenas determinam que estas mulheres sejam informadas dos riscos inerentes a uma gravidez nessas condições (problemas de diabetes e de tensão alta podem colocar em risco a saúde da criança e da mãe), não sendo permitido associar qualquer tratamento ou dieta ao tratamento para fertilidade.
Na verdade, a intenção da British Fertility Society é boa, pois pretende impor alguma ordem num sistema em que os reuisitos variam conforme o médico responsável (há médicos que não ministram o tratamento se o casal já tiver um filhos...).
E também é evidente que faz mais sentido resolver o problema da obesidade antes da gravidez.
A questão que se me colocou de imediato foi a seguinte: Se estas mulheres decidirem não lidar primeiro com a obesidade, ou, pior, não o conseguirem, será que temos o direito de as impedir de engravidar?
A verdade é que, caso não sofressem de problemas de fertilidade, ninguém, a não ser o casal, teria qualquer palavra a dizer... Será que podemos reconhecer direitos diferentes às mulheres ferteis e às inferteis?
Mas admito que é um tema extremamente complicado.
Tal como disseste roque:é extremamente complicado!!!Ora se essas pessoas caso não fossem infertéis poderiam por sua própria e livre vontade trazer uma criança ao Mundo porquê estar a impedi-las de o fazer quando têm de recorrer a terceiros?Porque não podem ter acesso a tratamentos médicos de fertilidade como uma qualquer pessoa?A resposta que em encontro alguma lógica é:se essas pessoas sozinhas não tinham consciência de que estavam a aumentar as estatísticas de doenças que se podem vir a revelar fatais então que alguém o faça por elas...sinceramente concordo com a British Fertility Society!!Não vejo aqui discriminação mas sim prevenção!Saber que poderá nascer uma criança com graves problemas de saúde e nada fazer parece-me mais grave do que restringir o tratamento de fertilidade a mulheres obesas...uma criança não tem culpa dos pais que tem e se estes por si só não têm consciência dos perigos inerentes a uma gravidez em que a mãe tem excesso de peso então que alguém o faça por eles e impeça isso!E se realmente houver vontade essas mulheres conseguirão atingir um índice de massa corporal compatível com um tratamento de fertilidade de acordo com os padrões impostos!
ResponderEliminarO meu problema com este raciocinio e que se o levarmos ao extremo, temos justificacao para esterelizar os incapazes ou as pessoas que integram grupos de risco. O meu problema e determinar onde fica a fronteira entre a prevencao e a preocupacao com a saude publica e a restricao intoleravel de direitos pessoais.
ResponderEliminarE uma questao que me coloca mts duvidas.
(Desculpa a falta de acentuacao, mas os teclados polacos nao tem essas teclas).
Continuo a considerar que é prevenção!Vejamos:para esterelizar incapazes ou pessoas que integram grupos de risco é necessária a intervenção humana o que condeno de todo.Limitar as potencialidades humanas de cada um por intervenções cirúrgicas é um acto abominável...cabe pois à consciência e bom senso (por vezes à sorte...) dessas pessoas o optarem ou não ter filhos.
ResponderEliminarMas neste caso não se vai limitar nada porque tal já está, por defeito de natureza, é certo, limitado!O que quero dizer é que condeno a 1ª mas aplaudo a 2ª por uma questão de saúde pública,por não criar mais uma pessoa que nascerá inevitavelmente doente e dependente de medicamentos para o resto da vida...O que constituirá maior "crime moral":impedir os tratamentos de fertilidade a uma pessoa doente e que vai fazer com que o seu filho nasça doente ou permitir o nascimento de uma criança (que não tem culpa da inconsciência dos pais) que vai ser doente toda a vida...?
e só desculpo a falta da acentuação porque estás na Polónia e porque depois me vais mostrar as maravilhosas fotografias que andaste a tirar por esse país :p
ResponderEliminarboas férias :)
Mara, birlhante argumentação! Estou rendido!
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