sexta-feira, 1 de setembro de 2006

A Câmara Municipal de Setúbal

Vai para aí uma celeuma um pouco estranha sobre esta caso. Ainda ontem o Prof. Jorge Miranda discorreu sobre os problemas constitucionais que se levantam pelo facto de um partido ter “demitido” um autarca eleito pelo povo em sufrágio universal e directo.
Sem dúvida, que o debate merece a pena e que é importante.
Mas, sinceramente, há um ponto prévio que me parece essencial: é que não foi esta a ordem cronológicas das coisas. Ou seja, do que pude ler na imprensa o que se passa é que o autarca “demitido” pelo P.C.P é alegadamente suspeito de ter burlado todos os cidadãos portugueses e as gerações vindouras ao “ficcionar” 70 reformas compulsivas de funcionários da autarquia com recurso a um engenhoso esquema legal. Mas, como as pessoas se consideram inocentes até prova em contrário, o P.C.P. remeteu esta questão para uma gaveta bem escondidinha e fechadinha e veio dizer que a sua intervenção se deve unicamente à necessidade de “renovar”.

2 comentários:

  1. Por mais que assim seja, não pode um partido político passar por cima de uma eleição directa. O PCP esquece-se que se vota para o Presidente da Câmara e não para a Assembleia Municipal.
    O que só comprova que a noção de democracia na extrema esquerda é muito subjectiva...

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  2. Concordo em absoluto contigo, Afonso!!!

    Afinal, em que outra eleição se escolhe precisamente pela pessoa que é, e não pelo partido que está por trás!!!

    Se irregularidades deste nível foram efectivamente cometidas, há outros mecanismos a lançar mão (sem ofender tão escandalosamente os princípios democráticos que pautam o nosso país.)

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