sexta-feira, 9 de setembro de 2005

Tributo a Helena Roseta

Todos conhecem as minhas antipatias pela esquerda que o PS representa. Vejo o PS como um partido teoricamente sentado à esquerda e actuando pela quase extrema-direita. Quem proclama alhos e faz bugalhos. Quem defende a economia controlada e depois actua de forma neo-liberal. E isso irrita-me.
Sou de direita, afirmo que sou e actuo em conformidade. Aprecio (embora nao aplauda) nao aqueles que se dizem de esquerda e fazem como o PS, mas aqueles socialistas que são coerentes com a ideologia que o PS representa. Isso é coerente, é digno e não engana os portugueses. Concorde-se ou nao com a ideologia (eu discordo em absoluto), são esses os socialistas que dão a cara e que, esses sim, defendem uma alternativa ao actual modelo económico-político, de cariz liberal e capitalista.

Mas sao esses os socialistas que são ostracizados e apagados dentro do próprio partido. Veja-se o caso de Helena Roseta. Está com certeza entre as 10 pessoas que mais admiro intelectualmente. Veja-se a coerência, o discurso, a oportunidade, a sensibilidade e a inteligência.
Helena Roseta é a face do PS como partido de Estado, sério e honesto, lutando para o bem da Repúbica da forma que considera mais correcta.

São socialistas como estes que deviam estar no Governo. Foi no socialismo de Helena Roseta que os portugueses confiaram, depositaram as suas esperanças e a sua vontade de mudar.

Não num governo que afirma uma política social e governa bem mais à direita que o fizeram PSD e CDS, apagando as preocupações sociais e resolvendo o défice pelo corte cego das despesas do Estado sem sequer repensar as funções deste Estado.

E que acontece a Helena Roseta? Desaparece dos órgãos de decisão nacional e é tratada como personna non grata.

Helena Roseta jamais teria o meu voto, pelo que pensa e defende. Mas Helena Roseta terá sempre algo que o actual PS nunca alcançará: o meu respeito.

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