Achei piada, na última edição d'A Quadratura do Círculo, quando o coordenador autárquico do PS (para que servirá este cargo, valha-me Deus), Jorge Coelho, assume que um dos objectivos do PS é recuperar as Câmaras de Lisboa, Porto e Coimbra.
Ficou-lhe bem reconhecer que Coimbra, com a governação de Carlos Encarnação, recuperou o estatuto da terceira cidade do país. Mas não se percebe o desprezo que coloca naquela que é uma sua ambição.
Dos debates organizados pela RTP-N, Carlos Encarnação deixou a anos luz o anónimo (e desconhecido de todos) Vítor Baptista. Não tem conhecimentos, não tem imagem, não tem estilo e não tem inteligência.
Coimbra já não é o que foi ontem, quando bastava um candidato de província para ganhar a autarquia. Será que o PS não percebe que, depois de Carlos Encarnação, não basta empenhar-se em Coimbra como se esforça na Covilhã ou em Viseu?
Nas últimas autárquicas, PSD e CDS apresentaram para Coimbra um homem de notoriedade nacional: Carlos Encarnação. Ex-deputado, Ex-Secretário de Estado de Cavaco Silva, ex-ministro de Cavaco Silva, membro da Comissão Política nacional do PSD e conselheiro nacional do partido laranja. Conhecido nacionalmente e com capacidade para atrair os meios de comunicação social.
Coimbra mudou da lua para o sol e volta a assumir-se como cidade moderna e desenvolvida no panorama nacional. A qualidade de vida disparou, a competitividade cresceu, o desemprego diminuiu, a cidade expira vigor e energia.
Como? Porque depois de 16 anos de governação socialista, Carlos Encarnação ganha com maioria absoluta. Dificuldade extrema, pois o concelho de Coimbra é sempre um daqueles em que o PS, em eleições nacionais, tem maior percentagem de votos. Nas últimas legislativas, chegou aos 70% a votação no PS. Coimbra é socialista. Sempre foi, não deixará de ser.
Qualquer candidato do PS partiria, por isso, com alguma facilidade nas eleições autárquicas. Que faz o PS? Lança um ex-governador civil de Gurterres, sem peso no partido, sem peso no país, desconhecido de todos.
Sondagens? Nova maioria absoluta para Carlos Encarnação e para a coligação PSD-CDS.
E depois vem o PS afirmar como objectivo a recuperação de Coimbra... Haverá seriedade política nesta afirmação?
Eu votaria sempre Carlos Encarnação porque a ele devemos a mudança radical na cidade de Coimbra. Mas estou absolutamente certo que, caso o candidato fosse Manuel Alegre, Fausto Correia, Teresa Portugal ou qualquer outro socialista nacional, os conimbricenses não resistiriam ao seu socialismo e dariam de novo a Câmara ao PS.
Para bem de Coimbra, isso não aconteceu. Contribuirei com o meu voto para alargar a maioria absoluta de Carlos Encarnação e do seu fantástico trabalho à frente de Coimbra. E até por conselho do PS! Não esquecer que até Jorge Coelho admite que Coimbra se reafirmou com o PSD...
terça-feira, 27 de setembro de 2005
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Faz lembrar a triste candidatura de Victor Sarmento à Câmara da Figueira da Foz.
ResponderEliminarUm médico que foi, entre outras coisas, director do Centro de Saúde da Figueira da Foz (impressionante) contra um ex-ministro do governo de Cavaco Silva...
Vê-se que eles também apostam na Figueira.