terça-feira, 27 de setembro de 2005

Socorrismo em Portugal

Como é que é possível que em Portugal não seja obrigatória a frequência de um curso de socorrismo?
Tanto quanto sei, em Inglaterra é obrigatório um curso desses para tirar a carta de condução. E, na Suíça, ele faz parte do curriculo da escolaridade obrigatória. Chumbando a essa cadeira temos de voltar no ano seguinte.
E em Portugal vive-se alegremente sem que aqueles que é suposto governarem o nosso país de acordo com o interesse da população considerem esta formação uma necessidade premente.
Pessoalmente parece-me absolutamente surreal e acho que ninguém se deveria contentar com tal situação. Não saber algo tão simples como a manobra de heimlich (não sei se é assim que se escreve), a massagem cardíaca ou a respiração boca-a-boca é algo que me deixa terrivelmente inquieto e profundamente preocupado com aquele momento (que pode nem acontecer) em que esses conhecimentos fazem toda a diferença.
A vocês não?

2 comentários:

  1. olá! Passei por aqui e deparei-me com este post.

    Devo dizer que não concordo nada contigo. Já não basta a mania dos portugueses em meterem o bedelho em tudo, imagina lá se tivessem um curso de socorrismo! Era só o que faltava, quando houvesse um acidente (generalizando para qualquer tipo de acidente) aparecerem 50 pessoas para manipular o acidentado ("sim, porque eu tenho um curso de socorrismo, tenho autoridade para isso")! Quer queiras quer não, mesmo com um curso de socorrismo 90% da população não tem grande apetência para esse tipo de acções, e ao fazerem-te uma massagem cardíaca ainda te provocariam um colapso pulmonar ("sim, eu para além do curso de socorrismo via as Marés Vivas, isto é só carregar com força"). Mais importante do que um curso de socorrismo seria existir a partir do 7º ano de escolaridade uma disciplina de saúde para que as pessoas aprendessem a respeitar os medicamentos e a não tomá-los a torto e a direito. E também para não recorrerem ao médico de cada vez que estão constipados.

    bj Paula R.

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  2. Sem prejuízo da utilidade da cadeira que falaste, confesso que continuo a achar essencial um curso desse tipo.
    Não é o curso de socorrismo que leva as pessoas a quererem fazer algo. Ou sentem essa necessidade (seja por que razão for) ou não a sentem. E se a sentirem e estiverem preparados, tiverem formação para não fazer pior, para minimizar os danos, isso parece-me muito positivo.
    Por lado, penso que não se trata de apetência, mas, as mais das vezes, de pura necessidade. Mesmo que não tenhas apetência, se alguém que te for próximo tiver uma paragem cardíaca é sempre simpático teres uma ideia do que fazer.
    E o facto de não haver o mais pequeno interesse do governo em que tal formação seja dada choca-me brutalmente.

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