Agora no intervalo do meu trabalhinho deitei um olho à RTP1 e está a dar o Só Visto, onde o entrevistado é Simão Sabrosa... Só se me suscita uma questão: o desenvolvimento de capacidades futebolísticas terá sempre como efeito automático e irreversível a atrofia dos neurónios? Será que existe alguma excepção?
domingo, 29 de abril de 2007
sábado, 28 de abril de 2007
Portas em grande.
Depois de se ter saído muito mal (mesmo muito mal, aliás) da luta pelo poder no CDS, onde mostrou uma faceta do seu carácter de que ninguém gostou, Portas vai recuperando o seu lugar.
Ontem na Assembleia da República foi brilhante, tendo conseguido colocar a discussão entre Governo e CDS, minorizando os outros partidos. Foi o único que percebeu o problema da nomeação de Pina Moura para a presidência da TVI: é que não está em causa obviamente as decisões de uma empresa privada que escolherá quem bem entender. O que está em causa é a isenção da informação dada por uma estação que é titular de uma licença pública de televisão.
Parabéns a Paulo Portas. Oxalá traga o CDS de novo para o lugar onde deve estar.sexta-feira, 27 de abril de 2007
Carmona Rodrigues, arguido no Bragaparques...
Estou incrédulo. Era a última coisa que esperava. Carmona tem inúmeros defeitos, mas sempre o vi como pessoa séria e honesta. Saber que sobre ele recai a suspeita de crime é a queda de um mito. Mas neste país há alguém que não seja vigarista?
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Burocracia e mais burocracia.
Recebo hoje uma carta da Segurança Social a chamar-me tudo, desde criminoso a burlão. É que os senhores dizem que nem um cêntimo eu descontei para a Segurança Social desde Maio de 2004, pelo que a minha dívida está bonita.
Depois da incredulidade, lá fui passar a tarde na companhia das senhoras da segurança social. Tenho que ser eu a provar que descontei. Lá voltei a casa, mergulhar-me em papéis, para encontrar documentos comprovativos dos descontos. Não deixa de ser um bocado esquizofrénico que a Segurança Social, a quem se deixa as economias, perca o registo dos descontos e que tenha de ser o pobre do contribuinte a provar que sim, que eles lá têm o dinheiro que é nosso. Mas adiante...
O problema começa a partir do momento em que passei a descontar para outro sistema de protecção social, igualmente público, pertencente ao mesmo Estado (Caixa Geral de Aposentações). Aí o caso já é mais grave. É que eles não podem entrar em contacto com a CGA, tenho de ser eu.
Tentativa n.º 2: recibos de vencimento onde se diz que o meu empregador entrega X à CGA? Não pode ser... É que nada garante à Segurança Social (do Estado) que o meu empregador (o Estado) entregou X à CGA (que, veja-se, também é do Estado). Então o que é preciso? Uma declaração do meu empregador!
Ia caindo. Então um recibo de vencimento não prova. Mas se for uma folha passada pelo empregador, aí sim, já se faz a prova.
Pode ser a SS a pedir, já que é tudo do Estado? Não. Claro que não. Tenho de ser eu, que até nem tinha nada que fazer...
Um dia gostava de viver num país onde estes disparates não acontecessem. Onde, sei lá, eles cruzassem os dados todos do Estado. Mas não. A saga burocrática mantém-se...
Depois da incredulidade, lá fui passar a tarde na companhia das senhoras da segurança social. Tenho que ser eu a provar que descontei. Lá voltei a casa, mergulhar-me em papéis, para encontrar documentos comprovativos dos descontos. Não deixa de ser um bocado esquizofrénico que a Segurança Social, a quem se deixa as economias, perca o registo dos descontos e que tenha de ser o pobre do contribuinte a provar que sim, que eles lá têm o dinheiro que é nosso. Mas adiante...
O problema começa a partir do momento em que passei a descontar para outro sistema de protecção social, igualmente público, pertencente ao mesmo Estado (Caixa Geral de Aposentações). Aí o caso já é mais grave. É que eles não podem entrar em contacto com a CGA, tenho de ser eu.
Tentativa n.º 2: recibos de vencimento onde se diz que o meu empregador entrega X à CGA? Não pode ser... É que nada garante à Segurança Social (do Estado) que o meu empregador (o Estado) entregou X à CGA (que, veja-se, também é do Estado). Então o que é preciso? Uma declaração do meu empregador!
Ia caindo. Então um recibo de vencimento não prova. Mas se for uma folha passada pelo empregador, aí sim, já se faz a prova.
Pode ser a SS a pedir, já que é tudo do Estado? Não. Claro que não. Tenho de ser eu, que até nem tinha nada que fazer...
Um dia gostava de viver num país onde estes disparates não acontecessem. Onde, sei lá, eles cruzassem os dados todos do Estado. Mas não. A saga burocrática mantém-se...
Não gostei. Mesmo nada.
Fui no fim-de-semana passado à Casa da Música, fiz uma visita guiada (organização do CMUC) e infelizmente fiquei muito desiludido. Se calhar eram as expectativas que eram demasiado elevadas...
Dá a ideia de ser uma obra arquitectónica fantástica (utilizando o termo despido de qualquer valoração) feita por alguém que não percebe nada de música. A ideia que me ficou é que se subalterniza a música a uma filosofia de desconstrução dos conceitos tradicionais e que existem por alguma razão.
Dá a ideia de ser uma obra arquitectónica fantástica (utilizando o termo despido de qualquer valoração) feita por alguém que não percebe nada de música. A ideia que me ficou é que se subalterniza a música a uma filosofia de desconstrução dos conceitos tradicionais e que existem por alguma razão.
Luz natural na sala principal? Que bonito. E é bonito, de facto. Mas as pessoas vão conversar. Está provado que se a sala não for escura, com iluminação apenas nos músicos, as pessoas conversam. A luz imensa desconcentra, faz perder a ligação ao que de facto é importante.
Lugares onde se não vê o palco? Mas para quê? Se alguém quer ouvir música sem ver quem a faz, compra um CD, não vai ver um espectáculo.
Tudo aberto ao povo permanentemente. É uma ideia óptima, porque traz as pessoas para as salas de espectáculos. O que se passa é que a todo o edifício tem acesso livre excepto a sala principal. Mas por amor de Deus: criancinhas a berrar e bares no meio dos corredores dão cabo de qualquer ambiente musical que se quisesse criar.
Salas de ensaio visíveis? As salas de ensaios estão ao pé das bilheteiras e são visíveis pelo público. Isto é, os músicos em vez de se concentrarem vão encontrar a malta colada ao vidro, qual pobres com fome, a ver o que se lá passa.
Por fim, aquela obra pareceu-me um conjunto de improvisações. Há que lembrar que o projecto foi feito a pensar numa casa familiar e não num espaço para espectáculos musicais. Fica a sensação que está tudo meio improvisado, o que é assumido. Há espaços que não têm função e que resolveram agora tornar em auditório para conferências. Mas a ideia que se tem é a de estar num edifício em obras.
Depois, há um desaproveitamento do espaço que é irresponsável, parece-me. Metade do espaço ocupado pelo edifício resume-se a ar e vento: a construção é oca, excepto no centro.
Enfim. Sinceramente, prefiro assistir a concertos no CCB ou na Gulbenkian. Sem qualquer comparação.
Lugares onde se não vê o palco? Mas para quê? Se alguém quer ouvir música sem ver quem a faz, compra um CD, não vai ver um espectáculo.
Tudo aberto ao povo permanentemente. É uma ideia óptima, porque traz as pessoas para as salas de espectáculos. O que se passa é que a todo o edifício tem acesso livre excepto a sala principal. Mas por amor de Deus: criancinhas a berrar e bares no meio dos corredores dão cabo de qualquer ambiente musical que se quisesse criar.
Salas de ensaio visíveis? As salas de ensaios estão ao pé das bilheteiras e são visíveis pelo público. Isto é, os músicos em vez de se concentrarem vão encontrar a malta colada ao vidro, qual pobres com fome, a ver o que se lá passa.
Por fim, aquela obra pareceu-me um conjunto de improvisações. Há que lembrar que o projecto foi feito a pensar numa casa familiar e não num espaço para espectáculos musicais. Fica a sensação que está tudo meio improvisado, o que é assumido. Há espaços que não têm função e que resolveram agora tornar em auditório para conferências. Mas a ideia que se tem é a de estar num edifício em obras.
Depois, há um desaproveitamento do espaço que é irresponsável, parece-me. Metade do espaço ocupado pelo edifício resume-se a ar e vento: a construção é oca, excepto no centro.
Enfim. Sinceramente, prefiro assistir a concertos no CCB ou na Gulbenkian. Sem qualquer comparação.
terça-feira, 24 de abril de 2007
33 anos de democracia....
A democracia portuguesa completa 33 anos de idade, precisamente quanto durou a vida de Cristo (espero que nenhum abrilista mais convicto me faça mal por associar Jesus Cristo à revolução). De entre o bom e o mau (também o houve, não sejamos ingénuos... um Verão Quente próprio de loucos e uma descolonização que não lembra o Diabo... aliás, o Diabo ficaria ofendido por ser associado àquilo...), o saldo é francamente positivo.
33 Anos são suficientes para uma maturidade, para uma consolidação dos princípios e das gentes. E chegam perfeitamente para sarar feridas do passado. Os adágios comunistas associados a esta data perderam sentido, pelo que talvez comece a chegar a hora de parar com eles... Mas não: vamos continuar a ouvir "Avante Camarada" e outros que tais.
Se for esse o preço a pagar pela democracia, estou disposto a ouvi-los. Mas se pudessem parar... a malta agradecia!
33 Anos são suficientes para uma maturidade, para uma consolidação dos princípios e das gentes. E chegam perfeitamente para sarar feridas do passado. Os adágios comunistas associados a esta data perderam sentido, pelo que talvez comece a chegar a hora de parar com eles... Mas não: vamos continuar a ouvir "Avante Camarada" e outros que tais.
Se for esse o preço a pagar pela democracia, estou disposto a ouvi-los. Mas se pudessem parar... a malta agradecia!
Serviço Público de Radiodifusão
Descobri hoje uma nova valência do serviço público de radiodifusão. Trata-se, sem sombra de dúvidas de uma excelente ideia de proveito fabuloso para quem quer trabalhar, descansar, relaxar ou simplesmente pensar.
No site da Antena 2 aparece um link para a "Rádio Mozart". Esta estação de rádio, de funcionamento exclusivamente on-line, tem na sua programação exclusiva a obra do génio de Mozart, embora com uma programação variada, entre óperas, missas e sinfonias. E tudo isto sem publicidade mas apenas com algumas locuções explicativas entre as peças.
Os meus sinceros parabéns à Administração da RTP e Direcção da RDP pela ideia. Que dure muitos anos.
No site da Antena 2 aparece um link para a "Rádio Mozart". Esta estação de rádio, de funcionamento exclusivamente on-line, tem na sua programação exclusiva a obra do génio de Mozart, embora com uma programação variada, entre óperas, missas e sinfonias. E tudo isto sem publicidade mas apenas com algumas locuções explicativas entre as peças.
Os meus sinceros parabéns à Administração da RTP e Direcção da RDP pela ideia. Que dure muitos anos.
Briosa!
Quase que deu para meio suspiro de alívio... A Briosa fez o que devia em Aveiro e conseguiu os 3 pontos. Agora o Braga desiludiu ao não ter feito mais que um empate com o Setúbal. Espero que o Braga faça exactamente o mesmo quando vier a Coimbra no próximo fim-de-semana. Uma vitória sobre o Braga, se os outros 3 aflitos perdessem, assegurava a manutenção. Depois a Briosa já podia perder com o Sporting e com o Benfica...
segunda-feira, 23 de abril de 2007
Vitória de Portas
Sem nenhuma surpresa, Paulo Portas reassume a liderança do CDS. Oxalá tenha o pulso para voltar a unir o partido e se lembre que este é uma força política eminentemente ideológica, democrata cristã, liberal na economia e conservadora nos princípios.
A corrida desmesurada para os votos pode ter como efeito uma descaracterização do partido, fazendo-o coincidir com o PSD.
Pegando no slogan de Ribeiro e Castro (melhor que Portas no conteúdo, indiscutivelmente), fico com um suspiro de confiança: Eu acredito!
Pegando no slogan de Ribeiro e Castro (melhor que Portas no conteúdo, indiscutivelmente), fico com um suspiro de confiança: Eu acredito!
sábado, 21 de abril de 2007
Sarau de Gala da Queima das Fitas 2007
Um escândalo é o que se vê na organização actual da Queima da Fitas. Parece uma conduta orientada em matar o que há de mais tradicional na Queima das Fitas. Para quem não sabe, pasme: o Sarau de Gala da Queima das Fitas este ano (a ter lugar no próximo dia 4 de Maio) não se realizará no Teatro Académico de Gil Vicente mas sim no Jardim da Sereia, em tenda montada para o efeito (?!?!?!?!).
Primeira baixa: A orquestra da Tuna Académica da Universidade de Coimbra já informou que não participará. Próximas? Não sei. Mas se eu mandasse, o Coro Misto não participava, bem como me parece que o Orfeon Académico não deve participar.
No fundo, transformar-se-á o Sarau de Gala numa confusão, num encontro de tunas onde a parte da "Gala" vai ser completamente posta de lado. Em vez de se mostrar a cultura universitária à cidade vai acontecer uma espécie de noites do parque mas com as tunas de Coimbra a cantar. Não há as mínimas condições para ouvir coros ou orquestras num Jardim situado no centro da cidade.
Mas mais do que isto, choca outra coisa: não se mexe em tradições centenárias. É daquelas coisas que não se faz.
Qualquer dia faz-se a garraiada em Santarém porque tem praças de touros melhores ou o Cortejo na Mealhada porque há sandes de Leitão. E as noites do parque podem passar para a Lousã. O Baile de Gala muda-se para Penacova e o Chá Dançante para Viseu. A Serenata Monumental pode antes ser no Centro Comercial Dolce Vita e a récita dos quintanistas muda-se para Tentúgal. E a queima do grelo pode ser feita em micro-ondas em vez de usar o penico.
Simplesmente não se faz. O Sarau de Gala é no Teatro Académico e isso não se muda.
É a primeira vez que sou forçado a ser velho do Restelo e dizer: "No meu tempo é que era. Agora estragam tudo e não respeitam a mínima tradição". Cartão Vermelho para a organização da Queima das Fitas 2007.
No fundo, transformar-se-á o Sarau de Gala numa confusão, num encontro de tunas onde a parte da "Gala" vai ser completamente posta de lado. Em vez de se mostrar a cultura universitária à cidade vai acontecer uma espécie de noites do parque mas com as tunas de Coimbra a cantar. Não há as mínimas condições para ouvir coros ou orquestras num Jardim situado no centro da cidade.
Mas mais do que isto, choca outra coisa: não se mexe em tradições centenárias. É daquelas coisas que não se faz.
Qualquer dia faz-se a garraiada em Santarém porque tem praças de touros melhores ou o Cortejo na Mealhada porque há sandes de Leitão. E as noites do parque podem passar para a Lousã. O Baile de Gala muda-se para Penacova e o Chá Dançante para Viseu. A Serenata Monumental pode antes ser no Centro Comercial Dolce Vita e a récita dos quintanistas muda-se para Tentúgal. E a queima do grelo pode ser feita em micro-ondas em vez de usar o penico.
Simplesmente não se faz. O Sarau de Gala é no Teatro Académico e isso não se muda.
É a primeira vez que sou forçado a ser velho do Restelo e dizer: "No meu tempo é que era. Agora estragam tudo e não respeitam a mínima tradição". Cartão Vermelho para a organização da Queima das Fitas 2007.
sexta-feira, 20 de abril de 2007
Até que enfim!
Custou mas foi. E já a partir de 22 de Abril. A CP criou finalmente ligações directas em Alfa Pendular entre o Porto e o Algarve, sem o ilógico transbordo na estação do Oriente. Reafirmar-se-á, cada vez mais, como o meu meio de transporte preferido nas viagens nacionais.
Melhores são ainda as notícias que a renovação da Linha do Norte tem permitido. A viagem entre o Oriente e Campanhã demora agora 2:35, com direito a esticar as pernas, a dormir, trabalhar e comer. No que a mim me diz respeito, ainda me parece uma melhor notícia: a distância entre Coimbra-B e o Oriente foi agora reduzida para 1:35.
Parabéns às ferrovias que dão um sinal de modernidade e competitividade.
Parabéns às ferrovias que dão um sinal de modernidade e competitividade.
quinta-feira, 19 de abril de 2007
O crime de negligência médica
Sempre fui contra a previsão normativa do crime de negligência médica. Acho um disparate tremendo: em todas as profissões se pode falhar. Se eu falhar na minha, no máximo incorro em responsabilidade civil e serei obrigado a indemnizar devidamente o lesado.
Ora, se a minha profissão for a mais nobre de todas (salvar vidas), o facto de eu errar, por distracção, por cansaço, porque quer que seja, não me obriga apenas a indemnizar: também vou para a prisão.
Não está certo, não é justo, não faz sentido. Não passa peça cabeça de ninguém que um médico exerça a sua profissão no sentido de prejudicar os doentes. E se erra, os doentes morrem não pela acção do médico mas pela doença. Esta é que mata, não o médico.
Lembrei-me disso porque fiquei hoje chocado com a notícia da manhã: um médico vai hoje a tribunal acusado de homicídio negligente de um feto num parto, tendo resultado na morte do feto.
Acho isto profundamente ridículo.
Para abortar não é vida. Mas se for para punir um médico que fez tudo o que podia e que pode ter errado, aí sim. Vamos mandar o médico para a prisão.
Ah País....
Ora, se a minha profissão for a mais nobre de todas (salvar vidas), o facto de eu errar, por distracção, por cansaço, porque quer que seja, não me obriga apenas a indemnizar: também vou para a prisão.
Não está certo, não é justo, não faz sentido. Não passa peça cabeça de ninguém que um médico exerça a sua profissão no sentido de prejudicar os doentes. E se erra, os doentes morrem não pela acção do médico mas pela doença. Esta é que mata, não o médico.
Lembrei-me disso porque fiquei hoje chocado com a notícia da manhã: um médico vai hoje a tribunal acusado de homicídio negligente de um feto num parto, tendo resultado na morte do feto.
Acho isto profundamente ridículo.
Para abortar não é vida. Mas se for para punir um médico que fez tudo o que podia e que pode ter errado, aí sim. Vamos mandar o médico para a prisão.
Ah País....
Alguém percebeu?
Alguém percebeu a conferência de imprensa da UnI? Se sim, por favor expliquem-me. Eu só vi um elogio ao Primeiro-Ministro, coisa que nada tinha a ver com a Universidade...
quarta-feira, 18 de abril de 2007
Se a UNI não fecha é um escândalo.
Recapitulemos:
1. Conferência de Imprensa: A UNI marca para ontem uma conferência de imprensa para esclarecer o passado académico de José Sócrates onde promete revelações bombásticas.
2. Afinal vamos adiar: É que é melhor ser só na quarta-ferira...
3. Revelações Bombásticas? Parece que não. Afinal não há revelações bombásticas nenhumas! Ficamos baralhados, não? O que terá acontecido para que a UNI se tenha esquecido que tinha declarações bombásticas??
Se a UNI não fecha é um escândalo. E os escândalos acabam sempre por estalar. Mais valia Sócrates contar a história toda sem mentir, pedir desculpa, demitir-se arrependido e submeter-se outra vez a eleições. Tinha uma Maioria absoluta maior que a actual.
1. Conferência de Imprensa: A UNI marca para ontem uma conferência de imprensa para esclarecer o passado académico de José Sócrates onde promete revelações bombásticas.
2. Afinal vamos adiar: É que é melhor ser só na quarta-ferira...
3. Revelações Bombásticas? Parece que não. Afinal não há revelações bombásticas nenhumas! Ficamos baralhados, não? O que terá acontecido para que a UNI se tenha esquecido que tinha declarações bombásticas??
terça-feira, 17 de abril de 2007
Foi hoje, pela manhã.
Saíu hoje a vontade expressa pelo Povo soberano.
Aborto livre para todas! É só querer, para a menina e... para a menina.
Aborto livre para todas! É só querer, para a menina e... para a menina.
Agora só falta mesmo o direito do homem em não ser pai. Estamos a falar no princípio da igualdade.
Para o ano é livre até às 12 semanas. O BE já está a falar nisso...
Para o ano é livre até às 12 semanas. O BE já está a falar nisso...
A conferência de imprensa...
Chegará hoje mais um episódio da novela "A licenciatura de Sócrates". Já estou a imaginar a apresentação. O título escrito na areia, depois vem uma onda e apaga. Do melhor das produções nacionais.
Adiante: hoje parece que a Universidade Independente vai esclarecer tudo, prometendo desde já "revelações bombásticas".
Desculpem mas agora é que me cheira mal.
Se a UNI podia clarificar desde o início, porque é que só o faz agora? Das duas uma: ou vai fazer declarações inverdadeiras como vingança pelo encerramento ou escondeu tais informações durante todo este tempo como forma de pressionar o Governo na decisão a tomar sobre o seu futuro.
Vejamos o que daqui sai. Diz que é ao fim da tarde... E diz que Sócrates não quer ir...
Adiante: hoje parece que a Universidade Independente vai esclarecer tudo, prometendo desde já "revelações bombásticas".
Desculpem mas agora é que me cheira mal.
Se a UNI podia clarificar desde o início, porque é que só o faz agora? Das duas uma: ou vai fazer declarações inverdadeiras como vingança pelo encerramento ou escondeu tais informações durante todo este tempo como forma de pressionar o Governo na decisão a tomar sobre o seu futuro.
Vejamos o que daqui sai. Diz que é ao fim da tarde... E diz que Sócrates não quer ir...
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Estão mesmo a dar a machadada final no Herman José.
Não consigo atribuir a conduta da SIC a outra coisa. É que, ao contrário do que Herman José nos habituou nos últimos tempos, Herman José tem mesmo piada neste programa. Há personagens deliciosas, como a Tia Chica (comentadora política), a sindicalista que se vê obrigada a piorar as condições de trabalho para poder reivindicar coisas ou o Camara-Man maricas que tem a preocupação de afirmar aos 4 ventos que é muito homem.
Ora, a SIC passa o programa à meia noite (?!?)... para quê? Quanto a mim para ter a certeza que as audiências descem de tal forma que há maneira de rescindir o contrato com ele.
Tenho pena. No fundo, vemos neste programa algum do brilho que fez do Herman quem ele é e que estava esquecido desde o Tal Canal, o Humor de Perdição, o Casino Royal ou o Herman Enciclopédia.
Tenho pena. No fundo, vemos neste programa algum do brilho que fez do Herman quem ele é e que estava esquecido desde o Tal Canal, o Humor de Perdição, o Casino Royal ou o Herman Enciclopédia.
sábado, 14 de abril de 2007
E não é que... há mais por explicar??
Mistério dos mistérios. O Diploma que Sócrates entregou na Câmara Municipal da Covilhã, datado de 96 (anterior àquele do célebre Domingo), que tem notas diferentes, umas piores e outras melhores do que aquele que ele apresentou na RTP, também tem coisas para explicar.
É que, emitido em 1996, apresenta um código postal que à data não existia (usa 7 dígitos, que foram iniciados em 1998) e um número de telefone que só viria a existir 3 anos mais tarde (usa o indicativo "21", que foi criado a 31 de Outubro de 1999)...
Fantástico, não?
É que, emitido em 1996, apresenta um código postal que à data não existia (usa 7 dígitos, que foram iniciados em 1998) e um número de telefone que só viria a existir 3 anos mais tarde (usa o indicativo "21", que foi criado a 31 de Outubro de 1999)...
Fantástico, não?
Afinal há mais por explicar...
Quando parecia já tudo esclarecido, parece que a atribulada vida académica de Sócrates tem mais surpresas... Hoje os jornais são ricos em novos dados.
1. Dois diplomas para o mesmo curso??? Sua Excelência, o Primeiro-Ministro, tem dois diplomas diferentes para o mesmo curso. Um, passado em Agosto, a uma quarta-feira, que ele entregou na Câmara da Covilhã; outro, emitido em Setembro, no célebre domingo, que mostrou na RTP e tem utilizado como bom.
Quando vi a notícia, pensei que fosse verdadeiramente maldosa. De facto, eu também tenho dois certificados de licenciatura: um que pedi quando acabei o curso em Junho, o outro quando fiz melhoria de notas, porque tinha uma média melhor.
Mas não. O diploma novo é estranhíssimo. Algumas notas são melhores mas outras são muito piores! Em um mês nenhuma nota está igual, tendo umas sido subidas e outras descidas. Bizarro, não?
Mas ainda há mais: no primeiro certificado de licenciatura, aparecem como concluídas na UNI cadeiras que parecem ter sido feitas no ISEC ou no ISEL, que foram rapidamente apagadas no segundo. Mas porquê? Como se explica isto?
Não estou a insinuar nada, mas gostava MUITO de perceber...
2. A saga na Universidade Lusíada: Sócrates garantiu na RTP que nunca tinha frequentado qualquer outra universidade privada que não a independente. Pois é, pelos vistos esqueceu-se que esteve 3 anos na Lusíada inscrito em Direito sem que tivesse feito qualquer cadeira.
Porque escondeu esta informação?
3. Arouca não era reitor: Quem aprovou o tal plano especial de equivalências sem que, como dispunha a lei, fosse apresentado qualquer prova das cadeiras feitas no ISEL foi Luís Arouca, assinalado como Reitor da UNI. Ora, afinal Arouca não era Reitor, sendo que o Reitor à época se escusa a explicar porque não foi ele (como manda a lei) a aprovar o plano de equivalências...
Mais dúvidas, só dúvidas....
1. Dois diplomas para o mesmo curso??? Sua Excelência, o Primeiro-Ministro, tem dois diplomas diferentes para o mesmo curso. Um, passado em Agosto, a uma quarta-feira, que ele entregou na Câmara da Covilhã; outro, emitido em Setembro, no célebre domingo, que mostrou na RTP e tem utilizado como bom.
Quando vi a notícia, pensei que fosse verdadeiramente maldosa. De facto, eu também tenho dois certificados de licenciatura: um que pedi quando acabei o curso em Junho, o outro quando fiz melhoria de notas, porque tinha uma média melhor.
Mas não. O diploma novo é estranhíssimo. Algumas notas são melhores mas outras são muito piores! Em um mês nenhuma nota está igual, tendo umas sido subidas e outras descidas. Bizarro, não?
Mas ainda há mais: no primeiro certificado de licenciatura, aparecem como concluídas na UNI cadeiras que parecem ter sido feitas no ISEC ou no ISEL, que foram rapidamente apagadas no segundo. Mas porquê? Como se explica isto?
Não estou a insinuar nada, mas gostava MUITO de perceber...
2. A saga na Universidade Lusíada: Sócrates garantiu na RTP que nunca tinha frequentado qualquer outra universidade privada que não a independente. Pois é, pelos vistos esqueceu-se que esteve 3 anos na Lusíada inscrito em Direito sem que tivesse feito qualquer cadeira.
Porque escondeu esta informação?
3. Arouca não era reitor: Quem aprovou o tal plano especial de equivalências sem que, como dispunha a lei, fosse apresentado qualquer prova das cadeiras feitas no ISEL foi Luís Arouca, assinalado como Reitor da UNI. Ora, afinal Arouca não era Reitor, sendo que o Reitor à época se escusa a explicar porque não foi ele (como manda a lei) a aprovar o plano de equivalências...
Mais dúvidas, só dúvidas....
sexta-feira, 13 de abril de 2007
O que ficou por explicar.
Pelo que vi ontem na SIC, a entrevista do Primeiro-Ministro foi muito convincente e agradou à generalidade dos que votaram no estudo de opinião. Ainda bem para o Governo. É bom saber que a sua propaganda continua a funcionar e que o Povo soberano ficou esclarecido.
Mas eu, individualmente considerado, não fiquei. Nada. Claro que não ajuda nada que os esclarecimentos tenham sido prestados numa televisão de que Sócrates é o patrão nem que as perguntas a ser formuladas tenham assumidamente sido ditadas pelo entrevistado... Mostra sobretudo que há ali qualquer coisa a esconder.
Mas adiante. Tomando por bom jornalismo o prestado pela estação pública e esquecendo que o discurso decorado transmite insegurança que não se justifica, ficaram questões por esclarecer, a saber:
1. O tempo da entrevista: Peço desculpa mas não cabe na cabeça de ninguém que alguém, perante acusações tão graves, esteja 20 dias sem se defender de uma calúnia do tipo. A desculpa do PM foi esfarrapada, fácil, encontrada à última da hora. Perante acusações como as que saíram no Público, não é crível que, sendo caluniosas, o PM não se defendesse imediatamente.
2. Versão Anterior: Porque razão disse Sócrates que não se lembrava quem tinha sido o prof. das 4 cadeiras (80% do que fez da UNI) ? Como é possível alguém nao saber quem foi o professor de 4 cadeiras do ensino superior? Qualquer pessoa que tenha passado pela faculdade sabe de cor e salteado o nome de todos os professores que aí teve. Ora, se um professor tiver leccionado 80% do curso, não me parece plausível que Sócrates não se lembrasse de quem era.
3. Pós-Graduação em Engenharia Sanitária: Porque razão não se falou na célebre pós-graduação em engenharia sanitária que, afinal, foi um curso de 4 dias?
4- Porque razão mudou em 92 a sua biografia no Parlamento quando nao era ainda licenciado?
5 - Porque é que mandava Faxes do gabinete oficial, cujo conteúdo revelava intimidade com o professor (que não se lembrava quem era...)?
6- Se a UNI funcionava aos domingos, porque é que o diploma do PM é o único que foi passado a um domingo?
7- Porque é que o professor das cadeiras (quase) todas integrou os governos de Sócrates?
8- Mudou para a UNI porque tinha prestígio (?!?) e horário pós-laboral... Sr. PM, garanto-lhe que o ISEL tem mais prestígio e também tem horário pós-laboral.
9- Como explicar as relações entre a UNI e o PS, nomeadamente quando o Sr. Armando Vara acaba o curso na UNI e 3 dias depois é convidado para administrador da CGD?
10- Alguém pode achar normal que haja uma turma especial, um plano de equivalências diferente do que manda a lei?
11- Alguém acha normal que o Reitor da UNI leccione inglês técnico, em vez do professor da cadeira?
Mas adiante. Tomando por bom jornalismo o prestado pela estação pública e esquecendo que o discurso decorado transmite insegurança que não se justifica, ficaram questões por esclarecer, a saber:
1. O tempo da entrevista: Peço desculpa mas não cabe na cabeça de ninguém que alguém, perante acusações tão graves, esteja 20 dias sem se defender de uma calúnia do tipo. A desculpa do PM foi esfarrapada, fácil, encontrada à última da hora. Perante acusações como as que saíram no Público, não é crível que, sendo caluniosas, o PM não se defendesse imediatamente.
2. Versão Anterior: Porque razão disse Sócrates que não se lembrava quem tinha sido o prof. das 4 cadeiras (80% do que fez da UNI) ? Como é possível alguém nao saber quem foi o professor de 4 cadeiras do ensino superior? Qualquer pessoa que tenha passado pela faculdade sabe de cor e salteado o nome de todos os professores que aí teve. Ora, se um professor tiver leccionado 80% do curso, não me parece plausível que Sócrates não se lembrasse de quem era.
3. Pós-Graduação em Engenharia Sanitária: Porque razão não se falou na célebre pós-graduação em engenharia sanitária que, afinal, foi um curso de 4 dias?
4- Porque razão mudou em 92 a sua biografia no Parlamento quando nao era ainda licenciado?
5 - Porque é que mandava Faxes do gabinete oficial, cujo conteúdo revelava intimidade com o professor (que não se lembrava quem era...)?
6- Se a UNI funcionava aos domingos, porque é que o diploma do PM é o único que foi passado a um domingo?
7- Porque é que o professor das cadeiras (quase) todas integrou os governos de Sócrates?
8- Mudou para a UNI porque tinha prestígio (?!?) e horário pós-laboral... Sr. PM, garanto-lhe que o ISEL tem mais prestígio e também tem horário pós-laboral.
9- Como explicar as relações entre a UNI e o PS, nomeadamente quando o Sr. Armando Vara acaba o curso na UNI e 3 dias depois é convidado para administrador da CGD?
10- Alguém pode achar normal que haja uma turma especial, um plano de equivalências diferente do que manda a lei?
11- Alguém acha normal que o Reitor da UNI leccione inglês técnico, em vez do professor da cadeira?
Mas há mais. Também me incomoda outra dúvida. No programa de quarta-feira, o director do Público relatou que tinha as informações divulgadas há já dois anos. Se as tinha há 2 anos, porque só agora as divulgou?
Não sou nenhum anjinho, e também sei ver que a Sonae, proprietária do Público, ficou agastada com o voto da CGD relativamente à OPA. O Governo agiu contra a Sonae e isso pode ter motivado a publicação das notícias.
O que é quase tão grave como o PM ter comprado um curso ou se ter feito passar por algo que não era...
quinta-feira, 12 de abril de 2007
O sentido democrático do PCP
Hoje é o último dia de Odete Santos como deputada, já que o Comité Central decidiu o seu afastamento. O que me choca nisto tudo é a justificação dada pelo PCP para forçar Odete Santos a deixar o seu lugar.
Se o PCP se justificasse numa incapacidade da senhora em continuar a assegurar as suas funções (é notório que esta já não tem as mesmas faculdades de há 20 anos), nenhuma objecção teria. Mas o que choca é que o partido justifica esta posição na necessidade de "dar lugar aos mais novos", e assim proceder a uma renovação.
Ora essa. Então onde ficam os eleitores? Que eu saiba, foi Odete Santos que foi eleita, por estar em lugar de destaque na lista. Foi por Odete Santos que muitos cidadãos resolveram depositar o seu voto na CDU. Nessa altura, não pensou o Comité Central na renovação interna.
Mais uma vez fica claro. O PCP tem uma noção muito estranha de democracia. É daquelas democracias em que a parte do poder do povo não interessa muito. O que interessa é o partido.
Se o PCP se justificasse numa incapacidade da senhora em continuar a assegurar as suas funções (é notório que esta já não tem as mesmas faculdades de há 20 anos), nenhuma objecção teria. Mas o que choca é que o partido justifica esta posição na necessidade de "dar lugar aos mais novos", e assim proceder a uma renovação.
Ora essa. Então onde ficam os eleitores? Que eu saiba, foi Odete Santos que foi eleita, por estar em lugar de destaque na lista. Foi por Odete Santos que muitos cidadãos resolveram depositar o seu voto na CDU. Nessa altura, não pensou o Comité Central na renovação interna.
Mais uma vez fica claro. O PCP tem uma noção muito estranha de democracia. É daquelas democracias em que a parte do poder do povo não interessa muito. O que interessa é o partido.
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