domingo, 6 de agosto de 2006

A versão infantil da Cinderela não dizia nada sobre isto...

À medida que vamos amadurecendo e tornando-nos adultos em toda a dimensão da palavra vamo-nos apercebendo que há coisas que nunca mais voltarão a ser as mesmas.
Uma dessas coisas é a maneira como nos relacionamos com o próximo, especialmente quando inseridos num grupo.
A interacção social desse animal que é o hommo sapiens sapiens tem o condão de ser, à medida que este envelhece, cada vez mais "formatada" para casais: saídas de casais, jantares de casais, viagens de casais.
Trata-se de um fenómeno que, inconscientemente, exerce grande pressão sobre os "solteirões" para que se apressem a encontrar alguém para fazer parte do clube e poderem aprender o aperto de mão secreto, ao mesmo tempo que os faz sentir algo excluídos da dinâmica do grupo.
Não me interpretem mal. Nada me faria mais feliz que olhar à volta ver que os meus amigos e amigas encontraram o parceiro dos seus sonhos. Claro que também ajudava que a minha "cara metade" lá estivesse.
O que eu quero dizer é que há dias.... Há alguns dias em que (perdoem-me a expressão) simplesmente não há pachorra para todo o amor, a paixão, os diminutivos carinhosos, as piadas privadas, as descrições intermináveis dos gestos atenciosos ou insensíveis... Normalmente são aqueles dias em que saímos de casa e só vemos casais apaixonadíssimos onde quer que olhemos.
E como tenho a certeza que não sou o único a senti-lo apenas quis dar esta palavra de conforto e divulgar um blog onde podemos rir-nos um pouco dessa loucura que por vezes nos invade.

4 comentários:

  1. ... talvez eu não seja a pessoa indicada para comentar este post, principalmente vindo de ti. mas como me estou nas tintas para o que deve e não deve ser, comento na mesma (se tenho fama, tenho proveito!)

    não sei se há isso de cara-metade no sentido de «fomos feitos um para o outro» e »encaixamos tão bem» e coisas que tais. ou melhor, acredito sim, que sou uma romântica inveterada, mas não de forma tão linear (a vida mostrou me bem isso). é tudo uma questão de química, pois claro, mas de opções de vida e prioridades - e de timing. se o teu ainda não chegou, está para chegar, desde que, de facto, estejas para aí virado MESMO.

    quanto às «descrições intermináveis dos gestos atenciosos ou insensíveis», são conversa de gaja para gaja, não é para vocês, gajOs, entenderem ;)

    paula

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  2. perfeitamente compreendido roque...

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  3. Mais do que abordar a questão da existência da cara-metade de cada um, eu queria chamar a atenção para este fenómeno, que se agrava à medida que envelhecemos, de a interacção social ser dirigida por e para casais.
    Em doses moderadas é natural, até saudável. O problema é quando se ultrpassa essa fronteira.

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  4. e a fronteira está exactamente onde,...?

    just kidding.
    claro que tudo o que é demais cansa. felizmente, no meu grupo de relacionamentos, não há casaisinhos assim tão centrados nisso mesmo. ou então habituei me e não me incomoda. bem, lembro me de um em particular que me faz alguma confusão,... ;P

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