Confesso que a notícia de hoje me deixou profundamente irritado. Com pompa e circunstância, o PS apresentou hoje um projecto-lei que altera o Protocolo de Estado, a primeira alteração desde o 25 de Abril. Diga-se que ao menos tiveram o bom senso de ser uma proposta do grupo parlamentar e não do Governo, como aconteceu com a limitação dos mandatos...
Pelo que percebi, acabam os títulos religiosos (Sua eminência, etc.) e os membros do Governo perdem o título de "Sua Excelência".
Acho esta acção de uma hipocrisia atroz: no fundo, é vir afirmar um falso socialismo que todos já vimos não existir através de palavras e não de actos.
E é materialmente censurável. Quanto ao título dos membros do Governo, é uma vergonha, é a rendição a um populismo fácil. Um Ministro é um Ministro. Um Ministro há-de ter um tratamento diferente das outras pessoas!
Quanto aos títulos eclesiásticos, é uma vergonha: quer o PS queira, quer não, a Igreja é a casa confessional de 98% dos porrtugueses e desempenha uma função social de que o Estado não pode prescindir. Imaginemos que a Igreja fecha as misericórdias, os lares, as escolas, os hospitais... Seria o CAOS! Para não falar de que foi a Igreja quem deu a divisão administrativa e judicial do território do Estado.
Considerando isto tudo, QUE HÁ DE ERRADO EM MANTER O TÍTULO DE SUA EMINÊNCIA DO CARDEAL???
E as diferenças sociais esbatem-se por um Ministro deixar de ser Sua Excelência?
Por amor de Deus (tenho de usar a expressão antes que a proibam). O Populismo é sempre condenável. O Mau Populismo é insuportável.
sexta-feira, 19 de maio de 2006
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Mas caríssimo, isso nem é o mais importante, mais importante é o fim da presença constante no Protocolo de figuras da Igreja o que, a meu ver, faz todo o sentido. Irão quando forem convidados.
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