terça-feira, 30 de maio de 2006

O Estado Novo e a Universidade de Coimbra

Ainda hoje me sinto impressionado com a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Não só o espólio bibliográfico e musical é impressionante como a imponência da autoridade do Estado Novo dá sempre uma sensação de falta de ar a quem cá entra. Um tecto com um pé altíssimo, as paredes com imagens de homenagem à gloriosa história de Portugal e a colocação geométrica de cada mesa, ainda dos anos 60, deixa qualquer um extasiado.
Melhor, foi sendo actualizada:
Estou neste momento aqui dentro, sendo que hoje posso requisitar livros pela net de casa e quando chegar estão à minha espera, sem necessidade de esperar aqui que os vão buscar. Além do wireless e da rede com cabos, todas as mesas têm tomadas individuais. Respira-se um silêncio que ajuda à concentração, mesmo estando cá dentro mais de 200 pessoas.
Quanto ao horário, não tem nada a ver com os restantes serviçois públicos. Nada mais do que das 9 da manhã às 23 horas, nunca fechando os serviços de pesquisa, de fotocópias e de microfilmagem...
Impressionante, não?
Não obstante todos os defeitos que se lhe reconhecem, o Estado Novo foi preponderante para o desenvolvimento do país. E atendendo à construção da cidade universitária em Coimbra, parece que foi o único regime ditatorial do século XX que apostou no desenvolvimento cultural, distanciando-se dos regimes de Franco, Mussolini ou Hitler.

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