terça-feira, 30 de maio de 2006

"Há vida para além do futebol"

Como se já não bastasse a "comichão" com que ficamos ao ligar a televisão e ver a Assembleia da República repleta de cadeiras vazias e deputados a dormir ou ao telefone, ou ao ouvir falar nas reformas chorudas e nos subsídios de reintegração, os Exmos. Srs. Deputados decidiram dar-nos mais razões para nos "coçarmos".
Certamente que já é do conhecimento de todos - nunca vi uma notícia com tanta irrelevância prática espalhar-se tão depressa: os Exmos. Srs. Deputados "adaptaram" a agenda da Assembleia da República por forma a libertar-los dos seus pesados deveres durante a realização do jogo de Portugal com o México no próximo Campeonato do Mundo.
Não acho que seja de censurar, em abstracto, o desejo de ver o jogo e puxar pela seleção, ou, até, de acomodar um pouco o horário de trabalho para poder vibrar (ou não) durante 90 minutos.
Agora o que me choca é que, num país onde todos falam do descrédito da classe política, da necessidade de trazer uma maior credibilidade às instituições, em que a maior bandeira é a da produtividade, os membros da Assembleia da República entendam que o futebol é de tal forma importante que têm de alterar a sua agenda em conformidade.
Posso estar a ser fundamentalista, mas parece-me que é uma atitude que envia uma mensagem totalmente inaceitável. Será que os Exmos. Srs. Deputados vão recomendar ao Governo que dê tolerância de ponto aos funcionários públicos durante esse período? É que doutra forma só ficará a ideia de que estão acima do resto da sociedade.
Ainda por cima quando os próprios líderes parlamentares assumem que o fizeram para evitar que as cadeiras ficassem vazias durante esse período tornando inoperante o parlamento. Isto não faz impressão a mais ninguém? Assume-se como normal que, caso esteja a decorrer um jogo de Portugal no Mundial da Alemanha, os deputados da Assembleia da República Portuguesa não se sentem obrigados a cumprir os deveres que assumiram perante os seus eleitores.
Como é que fica a sua legitimidade perante o resto do país?
Mas afinal de conta o futebol é assim tão importante? E se sim, porquê? Ou será que é por se tratar duma seleção portuguesa numa competição mundial? Se o desporto fosse outro, teriam a mesma preocupação? E se fosse o mundial de vólei? Ou de basket?
Isto só me parece provar o que já muitas vezes disse que, em Portugal, se perdeu a noção do que siginifica liderar através do exemplo. O que é especialmente triste numa altura em que os portugueses, que continuam muito descrentes relativamente a tudo o que tenha a ver com o Estado, precisam desse estímulo.

O Estado Novo e a Universidade de Coimbra

Ainda hoje me sinto impressionado com a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Não só o espólio bibliográfico e musical é impressionante como a imponência da autoridade do Estado Novo dá sempre uma sensação de falta de ar a quem cá entra. Um tecto com um pé altíssimo, as paredes com imagens de homenagem à gloriosa história de Portugal e a colocação geométrica de cada mesa, ainda dos anos 60, deixa qualquer um extasiado.
Melhor, foi sendo actualizada:
Estou neste momento aqui dentro, sendo que hoje posso requisitar livros pela net de casa e quando chegar estão à minha espera, sem necessidade de esperar aqui que os vão buscar. Além do wireless e da rede com cabos, todas as mesas têm tomadas individuais. Respira-se um silêncio que ajuda à concentração, mesmo estando cá dentro mais de 200 pessoas.
Quanto ao horário, não tem nada a ver com os restantes serviçois públicos. Nada mais do que das 9 da manhã às 23 horas, nunca fechando os serviços de pesquisa, de fotocópias e de microfilmagem...
Impressionante, não?
Não obstante todos os defeitos que se lhe reconhecem, o Estado Novo foi preponderante para o desenvolvimento do país. E atendendo à construção da cidade universitária em Coimbra, parece que foi o único regime ditatorial do século XX que apostou no desenvolvimento cultural, distanciando-se dos regimes de Franco, Mussolini ou Hitler.

O Estado Novo e a Universidade de Coimbra

Ainda hoje me sinto impressionado com a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Não só o espólio bibliográfico e musical é impressionante como a imponência da autoridade do Estado Novo dá sempre uma sensação de falta de ar a quem cá entra. Um tecto com um pé altíssimo, as paredes com imagens de homenagem à gloriosa história de Portugal e a colocação geométrica de cada mesa, ainda dos anos 60, deixa qualquer um extasiado.
Melhor, foi sendo actualizada:
Estou neste momento aqui dentro, sendo que hoje posso requisitar livros pela net de casa e quando chegar estão à minha espera, sem necessidade de esperar aqui que os vão buscar. Além do wireless e da rede com cabos, todas as mesas têm tomadas individuais. Respira-se um silêncio que ajuda à concentração, mesmo estando cá dentro mais de 200 pessoas.
Quanto ao horário, não tem nada a ver com os restantes serviçois públicos. Nada mais do que das 9 da manhã às 23 horas, nunca fechando os serviços de pesquisa, de fotocópias e de microfilmagem...
Impressionante, não?
Não obstante todos os defeitos que se lhe reconhecem, o Estado Novo foi preponderante para o desenvolvimento do país. E atendendo à construção da cidade universitária em Coimbra, parece que foi o único regime ditatorial do século XX que apostou no desenvolvimento cultural, distanciando-se dos regimes de Franco, Mussolini ou Hitler.

Timor

Confesso que a história de Timor me deixa triste e frustrado... Parece que tanto esforço para conseguir um país livre, em paz e segurança, saiu gorado. De quem é a culpa? Não sei. Entre os que dizem que a ONU saiu cedo de mais àqueles que afirmam ser culpa da ganância dos militares timorenses desmobilizados, o que fica, acima de tudo, é um grande lamento...

sábado, 27 de maio de 2006

Eu fui, mas fiquei sem vontade de voltar...

Ontem fui ao Rock in Rio essencialmente para desanuviar a cabeça e ver Jamiroquai.
Não tinha lá ido em 2004, por isso muito fiquei impressionado com o espaço, o ambiente e toda a infraestrutura que lá foi montada. O concerto de Jamiroquais foi excelente e a moldura humana em todos os concertos também.
O que não foi nada excelente foi a saída.
Saí pouco depois das duas contando com a possibilidade de voltar de metro para casa. Efectivamente, vinha no panfleto que acompanha os bilhetes que o metro continuaria a funcionar até às 2:45 para facilitar o escoamento das 100 mil pessoas que eram esperadas no recinto.
Qual não foi o meu espanto quando cheguei às entrada do metro às 2.20 e fui informado que este tinha fechado. Sem qualquer explicação para dar àos milhares de pessoas desejosas de regressar a casa, os polícias fizeram o seu melhor para, de uma forma calma e educada, fechar o acesso à estação.
A verdade é que o regresso a casa de metro teria deixado muito a desejar pois, como mais tarde vim a saber, o metro da linha verde não parou em qualque estação a caminho do Campo Grande. Detalhe que a organização ou a administração do metro não consideraram relevante o suficiente para mencionar.
É claro que, conforme vinha no panfleto, a Carris assegurou a continuação de duas linhas: uma em direcção ao Cais do Sodré e outra em direcção ao Oriente. Só que o não estavam minimamente a contar com aquele fluxo de pessoas, o que levou a muita confusão e alguma espera.
Ora, também esta solução era de eficácia extremamente duvidosa. Se, por um lado, resolvia o problema daqueles que vinham de fora e tinham comboio a aguardá-lo, pouco ajudou quem vive em Lisboa. Isto porque aglomerou no mesmo local centenas de pessoas vindas do Rock in Rio e do Super Bock Super Rock em busca de táxi. Como é óbvio, a fila que se formou era inacreditável...
É isto que espera quem dá ouvidos aos conselhos da organização e das autoridades e vai de transportes públicos para o Rock in Rio.
Pode ser paranoia minha, mas penso que esta incompetência deve ter tido algo a ver com a remoção da rubrica "partilhe a sua experiência" do site oficial do Rock in Rio. http://rockinrio-lisboa.sapo.pt/
Como dizia uma rapariga brasileira que aguardava espaço num dos autocarros "Se não têm capacidade para organizar um evento destes, então não organizem".

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Resultados do CEJ

Prova de Civil: 10;
Prova de Penal: 7;
Prova de Cultura Geral: 10,5.

Vou agora para o CEJ buscar uma cópia do exame e ver se há fundamento para reclamar.

segunda-feira, 22 de maio de 2006

Mal menor?

Ninguém discorda que há muito que terminaram os tempos em que cada país podia fazer o que quisesse e bem entendesse dentro das suas fronteiras sem ter de prestar contas aos países do resto do mundo.

Seja pelo facto de a comunidade internacional ter assumido a dignidade da pessoa humana como valor transnacional e transcultural, seja pelo facto de se encontrar perfeitamente adquirido o "efeito borboleta" (que o que ocorre num país, por força da globalização, afecta os restantes) ou, simplesmente, porque há matérias demasiado importantes para ficarem exclusivamente sujeitas aos interesses de um determinado país (matérias como o ambiente e a energia nuclear), é hoje um dado adquirido que há valores supra nacionais que têm de ser defendidos por todos os povos do mundo.

O problema é que, por muito confortante que este ideia possa ser, não nos oferece qualquer solução para as crises que constantemente surgem a propósito da densidade de tais valores, da sua extensão, do melhor modo para os proteger e de quais as intervenção admissíveis na defesa de tais valores.
Basta ligar a televisão para ver exemplos disso: a crise nuclear do Irão, a recusa dos EUA em ratificarem o protocolo de Quioto, as atrocidades no Sudão, ...

A mim parece-me que tais valores deveriam ser preservados por uma entidade global, a quem os demais países reconhecessem autoridade para decidir sobre tais assuntos e que tivesse os recursos e a legitimidade para garantir a execução das suas decisões.

Contudo, depois deste meu momento de "devaneios utópicos", rapidamente caio na real e percebo que, conforme a recente reforma da ONU revelou, ainda estamos muito longe desse cenário. Muito longe mesmo...

Como todos sabemos, hoje vivemos uma era dominada pelos "polícias do mundo" (os EUA e respectivos aliados), que, ocasionalmente, servem interesses alheios ao mesmo tempo que servem os seus (mais não seja, mantendo a sua máquina de guerra em actividade), e em que as restantes potências mundiais tentam "molhar o bico" perante passividade e impotência, por um lado, e o oportunismo, por outro, dos restantes países.

A questão que se me coloca é a seguinte: Será que a intervenção oportunista, inábil e muitas vezes paranoica dos EUA é um custo que temos de suportar para manter a paz? Serão, verdadeiramente, o mal menor?

Honestamente, não sei. Confesso que a actual incapacidade dos EUA para aproveitarem as potencialidades da via diplomática, a displicência que demonstraram ao longo da sua história ao intervirem no funcionamento da economia e do governo de outros países, a falta de compreensão relativamente a culturas diferentes das suas, ou, até, a falta de previsão que revelaram para o pós-guerra nas suas intervenções me fazem desejar que existisse uma alternativa viável à sua hegemonia.

Mas o problema é que também não posso dizer que os pretendentes à posição actualmente ocupada pelos EUA (França, China, Rússia,...) me parecem melhores.

Talvez seja arrogância tipicamente europeia, mas gostava de ver a UE assumir património cultural que a une, e assumir um papel mais preponderante e activo (disposta, no limite, a efectuar intervenções militares legítimas) na política internacional.

Trata-se de mais um devaneio utópico, eu sei. As diferenças culturais, políticas e históricas entre os países da UE tornam quase impossível obter um acordo que lhe permita intervir em tempo útil. De qualquer forma, sonhar não custa...

sexta-feira, 19 de maio de 2006

O populismo dos socialistas...

Confesso que a notícia de hoje me deixou profundamente irritado. Com pompa e circunstância, o PS apresentou hoje um projecto-lei que altera o Protocolo de Estado, a primeira alteração desde o 25 de Abril. Diga-se que ao menos tiveram o bom senso de ser uma proposta do grupo parlamentar e não do Governo, como aconteceu com a limitação dos mandatos...
Pelo que percebi, acabam os títulos religiosos (Sua eminência, etc.) e os membros do Governo perdem o título de "Sua Excelência".
Acho esta acção de uma hipocrisia atroz: no fundo, é vir afirmar um falso socialismo que todos já vimos não existir através de palavras e não de actos.
E é materialmente censurável. Quanto ao título dos membros do Governo, é uma vergonha, é a rendição a um populismo fácil. Um Ministro é um Ministro. Um Ministro há-de ter um tratamento diferente das outras pessoas!
Quanto aos títulos eclesiásticos, é uma vergonha: quer o PS queira, quer não, a Igreja é a casa confessional de 98% dos porrtugueses e desempenha uma função social de que o Estado não pode prescindir. Imaginemos que a Igreja fecha as misericórdias, os lares, as escolas, os hospitais... Seria o CAOS! Para não falar de que foi a Igreja quem deu a divisão administrativa e judicial do território do Estado.
Considerando isto tudo, QUE HÁ DE ERRADO EM MANTER O TÍTULO DE SUA EMINÊNCIA DO CARDEAL???
E as diferenças sociais esbatem-se por um Ministro deixar de ser Sua Excelência?

Por amor de Deus (tenho de usar a expressão antes que a proibam). O Populismo é sempre condenável. O Mau Populismo é insuportável.

quinta-feira, 18 de maio de 2006

Mais vale tarde que nunca!

Pela primeira vez na história, a Assembleia da República vai aprovar um projecto-lei de iniciativa não partidária, submetida por um grupo de cidadãos.
Quanto à matéria, trata-se da revogação parcial de um diploma de 1973 que permite a assinatura de projectos por não arquitectos. A meu ver, o que torna histórico este dia não é tanto a alteração material do regime mas, pelo contrário, ver-se concretizada uma dimensão da democracia que até hoje era estranha à nossa Assembleia da República: a democracia participativa, sinal de boa governância.
Finalmente, os deputados parlamentares serão obrigados a discutir uma matéria que, por ser incómoda e poder significar a perda de votos de engenheiros, facilmente era preterida.
Assim, é de louvar a iniciativa da Ordem dos Arquitectos, que conseguiu recolher mais de 35000 assinaturas para que a Constituição se efectivasse plenamente.

terça-feira, 16 de maio de 2006

Os Bancos e as regras de concorrência

Quem nunca experimentou fazer um crédito à habitação não sabe o verdadeiro submundo em que se mergulha quando se pretende contrair um destes.
Em primeiro lugar, tem-se logo a sensação de que se está a ser vigarizado, porque quando temos do Banco A a proposta de spread mínimo que eles alguma vez fariam, basta apresentar-lhes uma proposta do Banco B que seja melhor, que já é possível voltar a negociar...
E depois, pega-se na nova proposta do Banco A, e volta-se ao Banco B e ao Banco C, que rapidamente vão rever as suas propostas. Passam-se meses a descer os custos do empréstimo e sempre com a sensação que se tivermos paciência para estar indefenidamente nesta correria, indefinidamente as propostas bancárias vão ficando mais e mais atractivas.

A segunda desilusão tem a ver com o facto de aqueles bancos onde somos clientes, temos uma história e onde esperaríamos uma atenção conducente a uma proposta imbatível são precisamente aqueles em que, uma vez que o cliente já está cativado, há menor esforço para agradar através da proposta.

Mas o que mais choca é a gritante violação das regras da concorrência, parecendo que toda a gente sabe mas que ninguém faz nada:

1: A CGD e o Millennium, que juntos controlam 80% do mercado, sem qualquer pudor admitem ter um acordo pelo qual se vinculam a não fazer spreads inferiores a 0,5%. Estamos claramente perante um acordo ilegal em que os Bancos substituiram os riscos da concorrência por uma actividade concertada, capaz de lhes aumentar os lucros. É que se 80% das pessoas são clientes de um ou de outro, provavelmente hão-de ficar com a proposta que o seu banco lhes fará, sem consultar as restantes instituições bancárias. Chocante, não é? E isso é explicado ao Balcão para quem quiser ouvir. Pergunto eu: a Autoridade da Concorrência não ouve?

2. Uma das dimensões do direito da concorrência é a proibição da celebração de contratos acoplados, isto é, de se sujeitar a celebração de um contrato à aceitação de outra figura. Ex: A apenas vende a B um carro se este comprar ainda uns pneus e 300 litros de gasolina. Esta figura dos contratos acoplados é manifestamente violadora da liberdade dos operadores económicos, sendo por isso totalmente proibida pelo direito da concorrência.
Vejamos então a acção dos Bancos: sim, concedem crédito bancário, mas apenas se contratarmos ainda:
a) Seguros de Vida e Habitação com a propria instituição bancaria
b) Subscrição de um PPR
c) Assinatura de um cartao de Crédito
d) Adesao aos serviços de pagamentos por transferencia bancaria.

Esta situação de facto é do conhecimento de todos (aposto que o Presidente da Autoridade da Concorrencia tambem já contraiu creditos bancarios) e NINGUÉM FAZ NADA!
Não é chocante?

sábado, 13 de maio de 2006

O caso dos selos

Sinceramente, não tenho pena nenhuma dos investidores que perderam tudo (ou vão perder) o que investiram na Afinsa ou no Fórum Filatélico.
Acho que não podemos acreditar que são pessoas inocentes quem aplica os seus fundos numa casa que garante rentabilidades até 40% sem risco (!!!) e não quer saber o que lhe fazem ao dinheiro...
No fundo, quem foi ganancioso, desencantando-se com o sistema bancário, onde apesar das rentabilidades que conhecemos, sabemos exactamente o que o Banco vai fazer com o nosso dinheiro, acabou por levar uma lambada da nova Dona Branca...
Resta saber que fazia, afinal, a Afinsa com o dinheiro: simplesmente o metia ao bolso, indo pagando os juros virtualmente? Ou utilizava em negócios obscuros?

sexta-feira, 12 de maio de 2006

O homem passou-se????

Mário Lino, Ministro das Obras Públicas, em Espanha, perante autoridades deste país e empresários, representando o Estado português e falando em seu nome, afirmou o "Iberismo e a Ibéria como uma realidade que perseguem tanto o Governo português, como o Governo espanhol"(????).

Citado pelo jornal espanhol Faro de Vigo, Mário Lino afirmou ser "um iberista confesso", na semana passada, em visita a Santiago de Compostela.

"Sou iberista confesso. Temos uma História comum e uma língua comum. Há unidade histórica e cultural e a Ibéria é uma realidade que persegue tanto o Governo espanhol como o português. E se há algo importante nestas relações são as infra-estruturas de transporte", afirmou o ministro das Obras Públicas, segundo o referido jornal.

Só só eu que vejo que estas declarações ofendem a Constituição da República Portuguesa, põe em causa a soberania do Estado, ofendem a nossa História e depreciam a nossa língua e a nossa identidade???

E o Homem é Ministro!! Por amor de Deus... Há coisas que me chocam profundamente...
O CDS imediatamente chamou o Ministro à Assembleia da República, que por muito que custe a Mário Lino, é um órgão de soberania da República de uma Nação independente.
Estou para ver no que isto dá...

O Congresso do CDS

Não posso deixar de expressar a minha desilusão quanto ao Congresso do CDS. Frouxo, pouco mediático, com discursos previsíveis e sem que tenha mudado nada: se o intuito do congresso era unir o Partido do Centro Democrático Social, o certo é que ele permanece profundamente dividido, com uma oposição interna que, ao invés de se sujeitar ao expediente de Ribeiro e Castro para recuperar o pulso, aproveitou o evento para tempo de antena e, assim, ganhar novos apoiantes.

Parece-me sinceramente que a oposição interna está a pôr os seus próprios interesses à frente dos do partido... espero que rapidamente se apercebam que sem partido não há aspirações próprias e que esta constante luta está, pouco a pouco, a matar o CDS.

Por outro lado, foi uma atitude pouco louvável a instrumentalização da Juventude Centrista para dar a cara pela oposição interna: descredibilizou imensamente aquela juventude partidária ao mesmo tempo que denunciou alguma cobardia do grupo parlamentar opositor.

terça-feira, 9 de maio de 2006

Briooooosa! Se jogasses no céu morreria só para te ver!

Num jogo impróprio para cardíacos, a grande Briosa assegurou a manutenção na liga dos grandes, o seu lugar. Um estádio repleto, record de assistências, a magia de um negro que só Coimbra consegue transmitir motivaram a espectacular recuperação de uma derrota de 2-0 que nos mandava para a segunda para uma manutenção assegurada, sem depender de resultados terceiros.

Manutenção que é ainda abrilhantada pela descida do Guimarães. No fundo, mais de uma década passada, Justiça é feita ao caso N'Dinga. Espero que o Guimarães fique na liga de honra pelo menos os 12 anos em que forçou a Académica a lá estar.
Grande Briosa!

terça-feira, 2 de maio de 2006