Também tenho de falar sobre isto: Como é que é possível que Freitas do Amaral esteja a ponderar candidatar-se a Presidente da República?
Não obstante todo o respeito que esta figura me mereça (mais não seja pelos manuais de direito administrativo que tanto auxiliam os profissionais da minha área), não posso concordar com esta postura.
Para mim, levantam-se exactamente as mesmas objecções que surgiram quando Durão Barroso ponderou se aceitaria concorrer para Presidente da Comissão Europeia.
Se se acredita que este é o melhor projecto para o país, se se acredita que nós somos a pessoa mais indicada para o projecto, não podemos simplesmente "dar á sola" de armas e bagagens quando nos surge algo melhor.
Por um lado, acho que é uma mensagem que fragiliza brutalmente o governo (especialmente agora com a demissão de Campos e Cunha). Afinal, parece que ninguém quer mesmo estar no governo.
Por outro lado, acho que o próprio Freitas do Amaral perde com isto pois fica com uma imagem de "saltimbanco". E se já era difícil ganhar as eleições sem essa imagem (pois nunca teria o apoio do CDS, do PSD ou dos partidos à esquerda), agora parece-me francamente impossível.
Mas posso ter de vir a comer estas palavras...
quinta-feira, 21 de julho de 2005
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