A questão dos voos da CIA não é uma questão de lana caprina.
Saber se no século XXI, activamente ou por omissão, Portugal pactuou com abomináveis violações dos mais elementares direitos humanos, não é uma questão de somenos.
E confesso que, como cidadã, me interessa especialmente, saber se o meu poder político teve, ou não, nisso alguma participação. Não é apenas pelo argumento sedutor de que, tal como ao Eng. Canadiano, também eu posso "desaparecer" do aeroporto, ficar meses presa, sem acesso a um advogado ou saber do que, em concreto, me acusam. A condenação da tortura, as garantias de defesa e o respeito pelos direitos fundamentais são conquistas civilizacionais - ao que tudo aparenta ainda frágeis - que de que é preciso cuidar.
É, pois, uma questão de princípio, saber se pactuámos ou não com tal infâmia.
E confesso que, como cidadã, me interessa especialmente, saber se o meu poder político teve, ou não, nisso alguma participação. Não é apenas pelo argumento sedutor de que, tal como ao Eng. Canadiano, também eu posso "desaparecer" do aeroporto, ficar meses presa, sem acesso a um advogado ou saber do que, em concreto, me acusam. A condenação da tortura, as garantias de defesa e o respeito pelos direitos fundamentais são conquistas civilizacionais - ao que tudo aparenta ainda frágeis - que de que é preciso cuidar.
É, pois, uma questão de princípio, saber se pactuámos ou não com tal infâmia.
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