Mário Soares veio dizer que se o NÃO ganhar não é nenhuma tragédia. No fundo, começa a preparar o terreno para uma eventual segunda vitória do não.
Por mais agradável que a ideia seja, não me parece que se vá concretizar. Desta vez acredito que o SIM ganhe este referendo. Mas confesso que me conforta o facto de o SIM ter percebido que não é assim tão simples mudar a lei. E ter percebido que é uma questão tão fracturante que qualquer resultado vai deixar metade do país desiludido.
Por isso cada vez mais acredito: aditar uma alínea ao 142.º despenalizando o aborto por razões sócio-económicas seria não só a solução razoável como aquela que conseguiria um largo apoio do eleitorado e da sociedade (além de que é o modelo que tão bem tem funcionado em França, Inglaterra, Bélgica, etc.).
Por mais agradável que a ideia seja, não me parece que se vá concretizar. Desta vez acredito que o SIM ganhe este referendo. Mas confesso que me conforta o facto de o SIM ter percebido que não é assim tão simples mudar a lei. E ter percebido que é uma questão tão fracturante que qualquer resultado vai deixar metade do país desiludido.
Por isso cada vez mais acredito: aditar uma alínea ao 142.º despenalizando o aborto por razões sócio-económicas seria não só a solução razoável como aquela que conseguiria um largo apoio do eleitorado e da sociedade (além de que é o modelo que tão bem tem funcionado em França, Inglaterra, Bélgica, etc.).
oi.vim agradecer a visita ao meu blog.[da blogagem coletiva]
ResponderEliminarTotalmente em desacordo. Penso que a tua proposta viola os mais elementares direitos fundamentais, para além de que suscita uma questão: quem avalia se aquela falta de condições económicas justifica ou não o recurso à IVG? O juiz? não, obrigada! não vês quão sórdido seria escrever numa sentença e fazer juriprudência com esse tipo de sindicância?!
ResponderEliminarE eu continuo a crer que grande a grande maioria dos apoiantes do Não, nos quais obviamente não te incluo, prefeririam que se acabásse de todo com o 142.º e não pelos motivos que dizes, que há protecção na parte geral, mas simplesmente por não concordarem com qq tipo de aborto.
ResponderEliminarPOis, a questão é que a pergunta do referendo não traz à colação essa questão, mas apenas e unicamente a de saber: devem as mulheres ser julgadas e condenadas?
ResponderEliminarÉ isso que está em causa e é essa a pergunta.
Quanto a mim, não tenho qualquer opinião sobre o assunto, limitando-me a expor argumentos de ambas as partes, até para isto não ser apenas um monólogo do Afonso!
Não traz e não de trazer, não seria nunca matéria para referendo. É matéria para regulamentar em sede de Parlamento, tal como vai ser.
ResponderEliminarPaulo MArques