Finalmente o Governo acordou. Tarde, mas acordou. Percebeu que as pessoas que não têm carro não devem andar a pagar, pelos seus impostos, a velocidade de alguns que têm a sorte de poder escolher utilizar certas auto-estradas, que por critérios mais ou menos impossíveis de decifrar, não têm portagens (o cúmulo encontra-se na ligação Aveiro-Porto: A1 - com portagens; A29 - sem portagens... Tem lógica, não tem?)
Só é pena que tenha gerido este processo, muito mal, como sempre, aliás.
1. Violação de promessas eleitorais: Pois é, ganhar eleições é fácil, sobretudo quando se mente. Se o CDS e o PSD sempre disseram que teriam de acabar com as SCUT, embora isentando os residentes do seu pagamento, é muito fácil passar uma campanha eleitoral a jurar (através de um populismo muito discutível) que as SCUT não terão portagens para depois, uma vez eleitos com os votos dessas povoações iludidas, vir a fazer precisamente o contrário. A decisão era errada, mas foi nela que os portugueses votaram. É chocante a forma como um Governo foge assim ao programa que apresentou ao povo. O mesmo povo que preferiu a gratituidade das SCUT à hipótese contrária. Quantos eleitores não terão decidido o seu sentido de voto com base nesta promessa?
2. É tarde... Se o PS não tivesse sido casmurro e tivesse lido um Manual de Finanças Públicas ou ouvido as críticas dos partidos responsáveis, teria percebido que as portagens nas SCUT eram a medida a tomar logo de início. De facto, a reintrodução de portagens renderá ao Estado 100 Milhões de Euros, verba que teria permitido manter o IVA nos 19% e, assim, assegurar uma maior competitividade da economia portuguesa, potenciando o aumento das exportações...
Só me resta concluir de forma jocosa: se a incompetência pagasse imposto, não havia défice...
Só é pena que tenha gerido este processo, muito mal, como sempre, aliás.
1. Violação de promessas eleitorais: Pois é, ganhar eleições é fácil, sobretudo quando se mente. Se o CDS e o PSD sempre disseram que teriam de acabar com as SCUT, embora isentando os residentes do seu pagamento, é muito fácil passar uma campanha eleitoral a jurar (através de um populismo muito discutível) que as SCUT não terão portagens para depois, uma vez eleitos com os votos dessas povoações iludidas, vir a fazer precisamente o contrário. A decisão era errada, mas foi nela que os portugueses votaram. É chocante a forma como um Governo foge assim ao programa que apresentou ao povo. O mesmo povo que preferiu a gratituidade das SCUT à hipótese contrária. Quantos eleitores não terão decidido o seu sentido de voto com base nesta promessa?
2. É tarde... Se o PS não tivesse sido casmurro e tivesse lido um Manual de Finanças Públicas ou ouvido as críticas dos partidos responsáveis, teria percebido que as portagens nas SCUT eram a medida a tomar logo de início. De facto, a reintrodução de portagens renderá ao Estado 100 Milhões de Euros, verba que teria permitido manter o IVA nos 19% e, assim, assegurar uma maior competitividade da economia portuguesa, potenciando o aumento das exportações...
Só me resta concluir de forma jocosa: se a incompetência pagasse imposto, não havia défice...
Não posso deixar de dizer algumas coisas sobre este post! Concordo que esta medida veio tarde, mas não posso concordar com o raciocínio falicioso que fazes...
ResponderEliminarNa verdade o PS não acabou com as SCUT, ao contrário da vontade do PSD e do PP! O que aconteceu foi que adequou a localização à finalidade primeira com que foram criadas: potenciar o desenvolvimento do interior do país - o que não é possível apenas com o cartão de residente!
Nessa medida considero que ainda falta a Auto-estrada do Algarve passar a ser paga (também não faz sentido)!
Por isso, a medida é boa! As SCUT continuam a vigorar - agora com propósitos mais lógicos - cumprindo desse forma o programa de governo!
Mais ainda, não me surpreende que esta medida seja vista de forma politicamente destorcida, ao jeito de: "eu bem te avisei"!
Pois, eu discordo por completo. Primeiro porque mesmo a aceitar o propósito das SCUT, isso seria melhor salvaguardado com a isenção das empresas e residentes, forçando os turistas a pagar as autoestradas.
ResponderEliminarSegundo, porque o propósito das SCUT não faz sentido. Não faz sentido que um luxo (uma autoestrada) seja paga por aqueles que não a usam. Pior! Por aqueles que podem nem sequer ter dinheiro para comprar um automóvel.
Por alguma razão esta figura não existe em mais parte nenhuma do mundo... Quando o portuga súcia inventa, normalmente dá mau resultado...
Eu naturalmente discordo contigo Afonso, sou um defensor das SCUT.
ResponderEliminarPor outro lado concordo com esta medida do Governo.
Há SCUT que não fazem sentido. Há uma que conheço pois andei nela que é a que vai de Espinho , salvo erro, ao Porto, que está colada à A1 que a meu ver não tem qualquer sentido.
Mas a justificação dada vai de encontro ao prometido em campanha. Sim, ele não mentiu, a oposição só ouviu foi o que quis. Sempre se disse que a SCUT existe enquanto houver razão para existir e liga-se directamente com a evolução económica de cada região.
Sei que não concordas comigo e nunca irás concordar neste tema mas por isso é que é giro debater.
As SCUT nao fazem sentido NUNCA. O que faz sentido é isentar de portagens algumas pessoas, determinadas subjectivamente.
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