Hoje ouvi Jerónimo de Sousa, personalidade que muito respeito, acusar Cavaco Silva de ter promovido uma política de despedimentos selvagens. Por acaso não é verdade que o tenha feito, mas defendo que deveria ter intervindo no sentido da flexibilização dos despedimentos.
A flexibilização dos despedimentos é a maior medida de combate ao desemprego que um Governo pode adoptar: hoje ninguém quer contratar! Pudera, sabendo que um trabalhador só pode ser despedido em casos tão excepcionais como os previstos na lei, o objectivo é não contratar, evitar a todo o custo a celebração daquele monstro de que todas as empresas fogem a sete pés: o contrato de trabalho sem termo.
Obviamente não pode liberalizar-se o despedimento, a segurança no emprego é um valor fundamental que não pode ser descurado. Mas essa segurança no emprego deve ser compatibilizada com uma economia que se quer competitiva e com uma política de fomento das contratações, tendentes ao pleno emprego.
Assim, não me chocaria que pudessem prever-se, por exemplo, despedimentos sem causa, desde que com um pré-aviso de um ano e uma justa indemnização.
Só assim se pode combater o desemprego, pois só assim as empresas se aventurarão a contratar trabalhadores, sem terem o estigma que esses funcionários, em princípio, nunca vão poder ser despedidos...
A defesa da rigidez do regime da cessação do contrato de trabalho é nefasta para a economia e, principalmente, danosa para os trabalhadores desempregados. Se o PCP não percebe isto rapidamente, mais factos como o apoio dos sindicalistas a Cavaco sucederão. O PCP tem de acompanhar quem defende, e os trabalhadores já perceberam que matar os capitalistas, matar os investidores, é matar quem lhes dá o pão.
Assim, pergunto: No dia em que todos os trabalhadores estiverem à direita, para que serve o PCP? É que muitos já estão... ainda por cima sindicalistas...
Obviamente não pode liberalizar-se o despedimento, a segurança no emprego é um valor fundamental que não pode ser descurado. Mas essa segurança no emprego deve ser compatibilizada com uma economia que se quer competitiva e com uma política de fomento das contratações, tendentes ao pleno emprego.
Assim, não me chocaria que pudessem prever-se, por exemplo, despedimentos sem causa, desde que com um pré-aviso de um ano e uma justa indemnização.
Só assim se pode combater o desemprego, pois só assim as empresas se aventurarão a contratar trabalhadores, sem terem o estigma que esses funcionários, em princípio, nunca vão poder ser despedidos...
A defesa da rigidez do regime da cessação do contrato de trabalho é nefasta para a economia e, principalmente, danosa para os trabalhadores desempregados. Se o PCP não percebe isto rapidamente, mais factos como o apoio dos sindicalistas a Cavaco sucederão. O PCP tem de acompanhar quem defende, e os trabalhadores já perceberam que matar os capitalistas, matar os investidores, é matar quem lhes dá o pão.
Assim, pergunto: No dia em que todos os trabalhadores estiverem à direita, para que serve o PCP? É que muitos já estão... ainda por cima sindicalistas...
Caro amigo, apesar de poderes achar estranho consigo concordar contigo na ideia do despedimento sem causa mediante os pressupostos que enunciaste. Não seria má medida e até a questão da segurança no trabalho estaria minimamente salvaguardada por ser um pré-aviso tão longo.
ResponderEliminarA única reserva que me ocorre neste sentido é o problema potencial que poderia surgir... por exemplo trabalhadores com mais de 50 anos de idade poderiam ser sistematicamente despedidos em detrimento de jovens e aí criaríamos mais desemprego de longa duração pois dificilmente estes trabalhadores teriam nova oportunidade de emprego.
É algo para reflectir.
Abraço