segunda-feira, 29 de agosto de 2005

Porquê só agora?

Li com interesse e alguma conformação a entrevista do vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, Paulo Morais, à revista "Visão", denunciando as alegadas promiscuidades entre (alguns) escritórios de advogados, (alguns) construtores civis e a Câmara.
Mas, não posso deixar de me questionar sobre a oportunidade da entrevista, que surge na sequência do seu afastamento das listas do PSD para as autárquicas de 9 de Outubro.

domingo, 28 de agosto de 2005

Colisão

Eis um filme que passou aí despercebido, mas que se recomenda.
Muito bom!

sexta-feira, 19 de agosto de 2005

Parabéns

O Dr. Roque passou a Advogado, com mérito e competência.
Eis "uma boa aquisição para a classe".

quarta-feira, 17 de agosto de 2005

O lado mau do concerto dos U2

Apesar de nada ter a apontar ao concerto em si, o mesmo não posso dizer do que o antecedeu.
Parecem-me inaceitáveis e até insultuosos os moldes em que foi conduzido o processo de venda dos bilhetes para um concerto com esta magnitude e procura.
Não aceito que se faça milhares de portugueses passar noites e manhãs ao frio pela hipótese de terem um bilhete para este concerto. Tudo para depois verem surgir o sinal de "Bilhetes Esgotados" na vitrine uma hora depois da abertura dos estabelecimentos de venda.
E não aceito que se faça outros tantos milhares estarem em frente ao Multibanco durante horas (alguns tiveram mesmo que "fugir" do trabalho) para tentarem comprar um dos 10(!!!) bilhetes postos à venda.
E não percebo porque é que no estrangeiro havia bilhetes para todos os gostos e feitios. Confesso que fiquei convencido que era mais fácil ir a uma agência de viagens em Madrid, Barcelona, Londres ou outra capital europeia pedir uma viagem com estadia e bilhetes para os U2 do que simplesmente comprá-los na bilheteira ou nas estações da BP em Portugal.
E essa da BP também me deu vontade de rir: "Escolhemos a BP porque permitia abranger uma área nacional". Então e em Coimbra? Era esperado que os habitantes desse distrito, como de outros menos afortunados, se deslocassem a Lisboa, Porto ou Aveiro para obter o almejado bilhete???
Mas o pior de tudo foi chegar ao estádio e ver dezenas de candongueiros carregados de bilhetes depois de ouvir durante meses a frustração dos meus amigos que adorariam ir, mas não puderam. Muitos deles não puderam simplesmente porque tinham empregos que queriam manter e não podiam ir dormir para a rua...
Tudo isto me parece de uma desorganização e de uma falta de respeito para com os fãs portugueses absolutamente inaceitável.
O que nos leva a outra questão: Se não gostamos da Ritmos & Blues o que é que fazemos? Boicotamos os concertos deles?
Aceito sugestões.

O lado bom do concerto dos U2

Simplesmente espectacular! Só assim se pode descrever o concerto dos U2 do passado dia 14 de Agosto.
A experiência que esta banda proporcionou aos 50.000 fãs que estavam naquele estádio ultrapassa largamente a maior parte dos eventos que vão sendo realizados por este mundo fora.
E eu explico porquê. É que no caso dos U2, somos presenteados com uma banda duma qualidade, individual e colectiva, excepcional, e, para além disso, somos convidados a participar num evento que vai para além do puro entretenimento. Uma das maiores qualidades desta banda e da equipa que monta estes concertos é conseguirem transformá-los num espectáculo em que se discute e se "luta" por algo melhor: como o fim da pobreza em África, o apoio às crianças portadoras de deficiências, a tolerância.
Acima de tudo, acho que o mérito dos U2 , para além de assentar na sua enorme presença em palco, na música de qualidade extraordinária que tocam, e na sua capacidade de se "abrirem" ao público (pois só assim criam uma verdadeira ligação), consiste em levar o público a acreditar que é parte de algo maior que ele próprio e que pode mudar algo no mundo em que vive. Isto parece-me um feito ainda maior tendo em conta a época particularmente céptica e desiludida em que vivemos.
Ficamos a aguardar o próximo concerto com grande expectativa.

sexta-feira, 12 de agosto de 2005

Charlie e a (deliciosa) Fábrica de Chocolate

Não há palavras para descrever a maravilhosa loucura que transborda desta obra-prima de Tim Burton!
O incansável amor pelo chocolate e outras guloseimas, as coreografias delirantes dos oompa-loompas, o caleidoscópio constante de todos os cenários, entre outras coisas, fazem deste filme algo imperdível.
Não vou entrar em detalhes quanto ao desempenho dos actores (que foi impecável), ou relativamente a outros detalhes. É tão bom que tem de ser visto.
Há que fazer um pequeno aviso: Preparem-se para sair com uma vontade incontrolável de comer chocolate!
(Claro que este aviso não se aplica a quem não gosta de chocolate...)

quarta-feira, 10 de agosto de 2005

Este Sr. outra vez?

Alguém me pode explicar como é que João Bernardo "Nino" Vieira, depois de ter sido deposto por um golpe de estado em Setembro de 2003, consegue ser eleito para o mesmo cargo que ocupava quando foi afastado?

A História escrita pelos vencedores

Depois de qualquer conflito armado em que haja inequívocos vencedores e vencidos, os vencedores sucumbem sempre à tentação de apresentar a sua versão da História como sendo a verdadeira.
O poder da "lavagem ao cérebro" realizada pelo sistema educativo do país vencedor, com ajuda muitas vezes de intelectuais supostamente imparciais, torna esta atitude especialmente perigosa, pois, como diz a velha máxima, "aqueles que se recusam a aprender com a história estão condenados a repeti-la".
Felizmente, a sociedade de informação tem dado um contributo inestimável para contrariar estas tentativas de distorção da realidade.
Exemplo desse contributo é visível a propósito dos 60 anos decorridos sobre os bombardeamentos de Hiroxima e Nagazaki.
Apesar de o governo americano ter tentado veicular a versão de que estes bombardeamentos foram perfeitamente justificados e que pouparam a vida de 5 milhões de americanos e de outros tantos japoneses, a verdade é que, mesmo entre os cidadãos dos EUA, esta versão simplesmente já não colhe.
Já não é possível ignorar as questões que têm sido levantadas relativamente a tal decisão:
- Porque é que as bombas foram lançadas em zonas habitacionais altamente povoadas e não em alvos militares (onde causariam menos baixas)?
- Porque foram lançadas sequer em zonas habitadas? A devastação provocada numa ilha desabitada não teria provocado o mesmo efeito?
- Porque é que se considerou necessário lançar duas bombas? A devastação provocada pela primeira não era suficiente para quebrar a vontade de lutar dos japoneses?
Não vou especular relativamente a um eventual objectivo oculto destes ataques (intimidar a URSS, por ex.), pois parece-me ir longe demais. Mas parece-me que fica claro para quem estude com "olhos de ver" que não era necessário matar tantos milhares de inocentes. Até porque os aliados tinham o tempo a correr a seu favor...

quinta-feira, 4 de agosto de 2005

6 de Agosto de 1945 - Planeta Terra - Hiroxima


Teoria da conspiração

Outro dia ocorreu-me: este modus operandi do Ministro da Justiça face aos Juizes e Magistrados, não será a "hora do acerto de contas" dos políticos face aos últimos episódios que agitaram o País, pois não?
Qualquer coisa do género: "cá se fazem, cá se pagam".
Nah...

terça-feira, 2 de agosto de 2005

Desnorte e precipitação

Esta manhã ouvi na TSF um inflamado Carlos Encarnação (PSD) bramando que ao ser recebido pelo Presidente Jorge Sampaio, o candidato (?) presidencial Mário Soares estava a "tentar criar notícias".
Depois, ouvi um também irritado e provocatório Pires de Lima (CDS-PP) dizendo que o Presidente Sampaio se estava a "deixar usar por Mário Soares".
Como se, por acaso, se o Prof. Cavaco Silva também quisesse ir a Belém o Presidente se recusasse a recebê-lo!!
Mas pior, dizem agora as notícias on-line que, antes de se reunir com Mário Soares, o Presidente Sampaio reuniu-se, precisamente, com... Cavaco Silva.
Mas, ninguém se retracta neste País?