Na excelente entrevista que deu a semana passada na SIC-Notícias, o Ministro do Trabalho e da Segurança Social demonstrou o profundo conhecimento que tem das matérias ligadas quer ao mundo do trabalho, quer à problemática da Segurança Social.
A primeira nota digna de registo (esta extensível, obviamente, ao Primeiro-Ministro) é a junção das áreas da Segurança Social e do Trabalho num único Ministério, contrariamente ao que sucedia na anterior legislatura em que o Trabalho fora “deslocado” para o Ministério das Actividades Económicas e a Segurança Social estava no (surreal) Ministério da Família e da Criança (como manifestação de caridade de uma certa direita que assim encara a redistribuição da riqueza).
A segunda nota digna de registo foi a aposta demonstrada pelo Ministro na dinamização da contratação colectiva, praticamente estagnada, desde a aprovação do Código do Trabalho.
Note-se que a contratação colectiva não serve exclusivamente os interesses dos trabalhadores: fomenta a pacificação social, e isso, em certas ocasiões, pode contribuir tanto para a produtividade e para o lucro, como os, por vezes economicamente impossíveis, aumentos salariais.
A primeira nota digna de registo (esta extensível, obviamente, ao Primeiro-Ministro) é a junção das áreas da Segurança Social e do Trabalho num único Ministério, contrariamente ao que sucedia na anterior legislatura em que o Trabalho fora “deslocado” para o Ministério das Actividades Económicas e a Segurança Social estava no (surreal) Ministério da Família e da Criança (como manifestação de caridade de uma certa direita que assim encara a redistribuição da riqueza).
A segunda nota digna de registo foi a aposta demonstrada pelo Ministro na dinamização da contratação colectiva, praticamente estagnada, desde a aprovação do Código do Trabalho.
Note-se que a contratação colectiva não serve exclusivamente os interesses dos trabalhadores: fomenta a pacificação social, e isso, em certas ocasiões, pode contribuir tanto para a produtividade e para o lucro, como os, por vezes economicamente impossíveis, aumentos salariais.
Não tive oportunidade de ver a entrevista, por isso escusar-me-ei a pronunciar sobre a prestação do Minstro do Trabalho.
ResponderEliminarMas não posso deixar de fazer um reparo à crítica à "anterior legislatura".
A anterior legislatura teve 2 Governos, o XV e o XVI.
No XV Governo, a organica comprieendia o Ministério da Segurança Social e do Trabalho, encabeçado pelo independente Bagão Félix, que fora indicado pelo CDS.
Este Ministério fez tudo o que havia para fazer na área, desde acabar com o rendimento mínimo (verdadeiro incentivo à inactividade e ao laxismo) a aprovar o Código do Trabalho que, apesar de demasiado rígido, aponta um bom caminho para a competitividade da economia nacional.
Mas, como "anterior legislatura" queria dizer "XVI Governo", concordo com a critica. Não me parece que juntar a economia ao trabalho (este separado da segurança social) seja adequado ao panorama nacional.
Não podemos negar é que, teoricamente, é uma boa ideia, porque apela à participação dos trabalhadores na gestão e organização das empresas, uma vez que gere a economia com o trabalho!
Ora, isso funciona na Alemanha, com um Governo de esquerda, e nunca lhe ouvi chamar "caridadezinha de direita..."
Afonso Patrão